Germán Esparza Gómez

Atitude do médico dentista perante o pré-cancro e o cancro oral precoce

  • Licenciado em Medicina e Cirurgia. Universidade Complutense de Madrid (UCM)
  • Médico especialista em Estomatologia. UCM
  • Doutorado em Medicina e Cirurgia. UCM
  • Professor Titular de Medicina Bucal. Departamento de Medicina e Cirugía Bucofacial.  UCM
  • Ampliação de estudos no estrangeiro: Universidade de Illinois, Chicago (EUA); Royal Dental College, Copenhaga (Dinamarca); Universidade de Sheffield (Reino Unido)
  • Mais de 80 trabalhos científicos publicados sobre medicina oral em revistas internacionais
  • Colaboração em 21 livros da especialidade
  • Mais de 90 cursos lecionados sobre medicina oral
  • Medalha de Ouro de Mérito Científico (2008). Ilustre Colegio Oficial de Odontólogos y Estomatólogos de la I Región (Espanha)
  • Vice-presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Oral (2002-2010)

Nacionalidade: Espanha

Área científica: Medicina/ Cirurgia oral

2016/11/10 09:30 – 2016/11/10 10:30 | Auditório B

Resumo da apresentação

O cancro oral, em geral, é o décimo primeiro cancro mais frequente no mundo, e na Comunidade Europeia é a sexta localização com mais incidência. Geralmente considera-se que representa 5% de todos os cancros do organismo. Estima-se que cada ano apresentam-se 300.000 novos casos e ocorrem cerca de 145.000 mortes. Apesar de existirem grandes variações regionais segundo as diferentes partes do mundo, dois terços da incidência global de cancro verificam-se em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Metade destes casos registam-se no sudeste asiático. A Índia apresenta uma quinta parte de todos os cancros do mundo e uma quarta parte de todas as mortes produzidas.

A sobrevivência no cancro oral está diretamente relacionada com o estado do paciente no momento do diagnóstico. Quase metade dos cancros orais são diagnosticados em estados avançados (estados III e IV), de resto, metade desses casos não sobreviverão em cinco anos devido, principalmente, ao atraso no diagnóstico. Isto é surpreendente já que a cavidade oral é uma zona facilmente acessível à exploração e além disso, em muitas ocasiões, são precedidos por alterações macroscópicas na mucosa oral. Estas modificações designam-se por “desordens potencialmente malignas”.

Tendo isto em consideração, o papel do médico dentista geral é vital na prevenção e no diagnóstico precoce do cancro oral. A probabilidade de que um médico dentista encontre um cancro oral é baixa, mas é muito mais alta do que ao longo do seu exercício profissional se depare com uma desordem potencialmente maligna.

Realiza-se uma revisão das principais desordens potencialmente malignas, mais frequentes no nosso meio (leucoplasia, eritroplasia, eritroleucoplasia, líquen plano, queilite actínica), os seus modos de apresentação, assim como o cancro oral nas suas fases mais precoces enfatizando o papel do médico dentista no seu diagnóstico e na forma de lidar com estes pacientes.

Maxillaris