Andrew Spielman

Distúrbios do paladar e olfato – um guia prático para clínicos

  • D.M.D., MSc., Ph.D, Cert. Cirurgia maxilo-facial
  • É médico dentista, bioquímico, neurocientista e educador reconhecido internacionalmente (Roménia, Israel, Canadá, EUA)
  • Uma das suas áreas de especialização é o mecanismo do gosto e do olfacto.
  • Está ligado à New York University College of Dentistry, desde 1989, alcançando o cargo de professor titular e chefe do departamento de Ciências Básicas
  • É responsável por parcerias com a Universidade da Pensilvânia e Monell Chemical Senses Center, em Filadélfia
  • Desde 2001, é o diretor dos Assuntos Académicos da NYU College of Dentistry
  • Foi presidente da Associação Americana de Biólogos Orais e Diretor da Comissão Conjunta para os Exames Nacionais do Dental Board (EUA)
  • É membro da comissão que projeta o novo Exame Nacional do Dental Board, integrada nos EUA
  • É autor de 95 publicações de investigação e coeditor de um livro sobre biologia quimino-celular
  • Recebeu financiamento por meio de doações do NIH, NSF, fundações e indústria
  • Recebeu três prémios de ensino, dois nacionais e um da NYU

Nacionalidade: EUA

Área científica: Medicina/ Cirurgia oral

2016/11/10 11:30 – 2016/11/10 13:00 | Auditório B

Resumo da apresentação

Imagine beber um copo de vinho e não ser capaz de apreciar o seu aroma floral. Imagine comer um alimento maravilhosamente preparado e sentir como se estivesse a mastigar um pedaço de papelão, liso e inerte. Esta é a sensação que muitos pacientes têm quando sofrem de distúrbios do paladar e ou olfato. Esta apresentação irá levá-lo através de algumas questões práticas: o que é gosto e cheiro? Como é que apreciamos o sabor dos alimentos e bebidas? Quais são os transtornos do paladar e olfato mais comuns e porquê? Como podemos, enquanto clínicos, reconhecer facilmente estes distúrbios?

Em todos os animais, incluindo seres humanos, paladar e olfato fornecem uma importante ferramenta para a triagem, seleção de alimentos, avaliação e prevenção de compostos potencialmente tóxicos: esses sentidos são, portanto, importantes na nutrição e metabolismo e da qualidade de vida em geral.

Profissionais de saúde oral (incluindo médicos dentistas) precisam ter uma compreensão clara do sabor e cheiro para fornecer um diagnóstico apropriado e /ou encaminhar para terapia, pacientes que sofrem destes transtornos. Essas condições afetam principalmente os idosos, o segmento demográfico do mundo ocidental em maior crescimento. Uma sensação de gosto e cheiro distorcidos têm um impacto negativo significativo na qualidade de vida.

O sistema gustativo é notavelmente resistente a danos e desordens relacionadas com a idade. Isto é devido, principalmente, à natureza epitelial (não neuronal) dos seus recetores periféricos que regeneram em dias. Além disso, é servido através de 3 nervos cranianos.

O sistema olfativo é totalmente dependente de recetores neuronais expostos que têm um potencial de regeneração ao longo de meses ou anos. O sistema olfativo é servido através de um único nervo craniano condenado ao trauma frequente por uma passagem traiçoeira através da placa cribiforme. A perda do olfato é quase sempre confundida com perda do paladar.

Distúrbios de sabor e cheiro são reais e afetam a qualidade de vida. O sabor é robusto durante a vida, enquanto olfato é propenso a danificação e constitui a grande maioria de desordens quimiossensoriais.

Infeções das vias respiratórias superiores, trauma, envelhecimento e uma variedade de medicamentos são alegadamente os principais “culpados”.

O diagnóstico de distúrbios quimiosensoriais pode ser feito num consultório médico-dentário com kits prontamente disponíveis. Clínicas especializadas poderão lidar especificamente com diagnóstico e tratamento de distúrbios quimiosensoriais mais avançados.

Esta apresentação vai abordar alguns aspetos práticos para o diagnóstico dos distúrbios de paladar e olfato mais comuns e possivelmente para o tratamento/ encaminhamento para atendimento especializado.