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Geraldine Silveira
Universidade Fernando Pessoa
Introdução: Com o crescente aumento da expectativa de vida, o conhecimento das alterações no aparelho estomatognático no envelhecimento é de suma importância para prática clínica em odontogeriatria.
Objetivos: Discutir as alterações anatómicas e histológicas do envelhecimento do aparelho estomatognático e enquadrá-las na decisão terapêutica. Estabelecer uma anatomia comparativa entre o indivíduo adulto e idoso.
Métodos: Realizou-se pesquisa bibliográfica, nas bases de dados Pubmed, b-on, SciElo e Elsevier, período entre 2006-2016.
Resultados: Maxila: ocorre reabsorção óssea, alteração no contorno da arcada, retrusão da maxila, rotação maxilar no sentido horário, diminuição do ângulo maxilar e redução da altura maxilar.
Mandíbula: aumento do ângulo, diminuição da altura do ramo, diminuição da densidade e do volume ósseo.
Articulação gonfose e Articulação Temporo-Mandibular: pode ocorrer tanto anquilose, como perda das estruturas de suporte. Observa-se degeneração e/ou perfuração do disco radicular e alteração do formato do côndilo.
Dentes: cáries radiculares, fraturas dentárias e desgaste dentário. Ocorrem modificações histológicas no esmalte, dentina e polpa dentária.
Periodonto: reabsorção do osso alveolar, gengiva atrófica com tendência a migração apical, deposição apical das camadas incrementais e desgaste do cemento exposto, ligamento periodontal fino, irregular e diminuição do espaço periodontal.
Conclusões: As alterações anatómicas decorrentes do envelhecimento fisiológico são múltiplas e é crucial tal conhecimento na decisão terapêutica em Odontogeriatria.
Implicações clínicas: Os procedimentos de reabilitação oral, dentística restauradora, endodontia e as disfunções articulares estão intimamente ligados aos aspetos anatómicos e histológicos do paciente.
Palavras-chave: Odontogeriatria, anatomia, histologia, maxila, mandíbula, ATM, periodonto, esmalte, dentina, polpa dentária