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Manuela Marques Rocha

Introdução: A saúde oral das crianças autistas é geralmente precária e as necessidades de tratamento dentário elevadas.

Objetivos: O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão narrativa da literatura científica publicada nos últimos 15 anos, acerca dos problemas orais destes pacientes, e compilar diretrizes de atuação clínica para orientar o médico dentista no seu atendimento.

Métodos: De janeiro a setembro de 2015, procedeu-se à pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e B-on utilizando as palavras-chave: autism, pediatric dentistry, oral health, periodontal disease, oral habits, behavior management techniques separadas ou associadas pelo operador de pesquisa booleano “AND”. Limites empregues na pesquisa: publicações dos últimos 15 anos, abstract disponível, estudos em humanos e artigos em inglês, português e espanhol.

Resultados: Desta pesquisa resultaram 150 artigos selecionados primeiramente pelos títulos, seguidamente pela leitura dos abstracts e, finalmente, do artigo por inteiro. Foram revistos 95 artigos.

Conclusões: As doenças orais encontradas nas crianças autistas são semelhantes às das crianças sem perturbações mentais, apresentam, contudo, maior prevalência de cárie dentária, doenças periodontais e hábitos parafuncionais.

Implicações Clínicas: Os défices associados ao autismo, dificultam a eficácia das técnicas de controlo do comportamento comunicativas, obrigando, frequentemente, ao recurso a técnicas de controlo de comportamento avançadas, para prestação de cuidados de saúde oral adequados. É importante motivar pais/responsáveis e profissionais envolvidos no tratamento e cuidado das crianças com Perturbações do Espetro do Autismo para a saúde e higiene oral.

Palavras-chave: Autismo; Perturbações do Espetro do Autismo; Saúde Oral; Doenças Orais; Técnicas de Controlo de Comportamento; Odontopediatria