Póster > Revisão > Implantologia
Ana Patrícia Magalhães
Universidade do Porto
Introdução: A reabilitação oral com recurso a implantes permite o restabelecimento da função mastigatória e estética facial. Contudo, com o aumento do seu sucesso, verificou-se um aumento das complicações pós-cirúrgicas, sendo a peri-implantite, a mais comum. Esta condição é caracterizada por uma reação inflamatória que afeta os tecidos moles e duros, prejudicando a osteointegração, e potenciando a perda do implante. Diversas abordagens terapêuticas para o seu controlo e resolução estão descritas, incluindo o tratamento farmacológico, enquadrado nas abordagens não cirúrgicas.
Objetivos: Avaliação da eficácia da terapêutica farmacológica da peri-implantite, através da realização de uma revisão bibliográfica.
Métodos: Pesquisa bibliográfica, nos últimos 10 anos, nas bases de dados PubMed e Google Scholar e seleção, baseada em critérios específicos, dos artigos a incluir.
Palavras-chave: Peri-implantite; Terapia não cirúrgica; Antibacterianos; Antisséticos; Terapia anti-infeciosa; Terapia farmacológica.
Resultados: A revisão realizada demonstra alguma evidência de que o desbridamento mecânico, como terapia isolada, não acarreta uma redução significativa e generalizada dos sinais clínicos da peri-implantite, pelo que a sua associação com o tratamento farmacológico (antibacteriano ou antissético) parece originar uma melhoria do desempenho clínico, tornando-se uma associação terapêutica relevante.
Conclusão: Apesar da melhoria clínica demonstrada em alguns estudos, decorrente da associação da terapêutica farmacológica com o desbridamento mecânico, é necessária a realização de mais estudos para a validação dos resultados obtidos e o estabelecimento de guidelines de aplicação clínica.
Implicações clínicas: A terapêutica farmacológica parece, em associação com o desbridamento mecânico, reequilibrar as condições do microambiente peri-implantar de forma mais eficaz que o desbridamento mecânico isoladamente.