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Luana Amorim
Universidade de Lisboa
Descrição do caso clínico: Doente do género masculino, com 39 anos, leucodérmico, portador da Síndrome de Asperger, não medicado, apresentou-se na consulta para realização de próteses parciais acrílicas superior e inferior. Na ortopantomografia observaram-se 3 lesões radiolúcidas circulares na região apical dos dentes do quinto sextante. Os dentes apresentaram resposta positiva aos testes de sensibilidade. O doente não relatou qualquer sintomatologia. Foi realizada uma biopsia incisional da lesão, cujo exame anatomopatológico se enquadra no diagnóstico clínico de displasia cemento-óssea.
Discussão: A displasia cemento‐óssea é uma lesão óssea benigna, caracterizada pela substituição do tecido ósseo por tecido fibroso. Foram distinguidos 3 subtipos: periapical, focal e florida. A displasia cemento-óssea periapical ocorre geralmente na região apical dos dentes anteriores da mandíbula, que se encontram sempre vitais. É, no entanto, mais frequente em mulheres melanodérmicas com mais de 30 anos. Estas lesões são assintomáticas e, normalmente, são encontradas em exames de rotina, constituindo achados radiológicos.
Conclusões: O diagnóstico diferencial de lesões radiolúcida dos maxilares representa, habitualmente, um importante desafio para o médico dentista. A biopsia constitui uma valiosa ferramenta no estabelecimento do diagnóstico definitivo, essencial para a implementação de uma adequada estratégica terapêutica.
Palavras-chave: Displasia cemento-óssea periapical, lesão radiolúcida, biopsia, mandíbula, diagnóstico diferencial