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Rita Cerqueira
Descrição do caso clínico: Mulher de 31 anos, Venezuelana, sem patologia sistémica conhecida foi vista na consulta de medicina dentária do EPESCB em novembro de 2011.
Ao exame clínico observou-se uma tumefação extensa, dura, não dolorosa que acompanhava toda a hemiarcada esquerda maxilar. Foi efetuada ortopantomografia e encaminhada para serviço de cirurgia maxilo facial do HPH, onde em maio de 2012 foi submetida a uma osteoplastia maxilar esquerda.
A doente desde essa altura é acompanhada de 5 em 5 meses. Em fevereiro de 2016 é vista em consulta de rotina, observou-se uma tumefação na asa do nariz com supressão do sulco nasolabial. Repetiu-se o Ortopantomografia e efetuou-se TAC maxilar.
Discussão: A displasia fibrosa é uma lesão pseudo-neoplásica de etiologia desconhecida, de carácter benigno e recidivante, caracterizada pelo desenvolvimento de tecido fibroso e traves osteóides que substituem o osso normal. Representa cerca de 2,5% de todos os tumores ósseos. Pode apresentar-se sob a forma monostótica ou poliostótica. Na cabeça é frequente na maxilla ou mandíbula. O diagnóstico diferencial é efetuado com a hiperostose, osteoma, osteocondroma, fibroma ossificante.
Conclusão: Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão das principais características clínicas, radiológicas e histopatológicas que auxiliam no diagnóstico diferencial da displasia fibrosa e ressaltar a importância do acompanhamento clínico regular para precocemente diagnosticar possíveis recidivas.
Palavras-chave: Displasia fibrosa, fibroma osseficante,osteoma, tumefação ossea, aumento de volume maxilar, recidiva