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João Pedro Canta
Descrição dos casos clínicos: Caso 1: Doente com 60 anos de idade portadora de dois implantes para substituição dos dentes 45 e 46. Dada a ausência de tecido queratinizado peri-implantar foi realizado um enxerto gengival livre prévio à reabilitação prostodôntica.
Caso 2: Doente com 38 anos de idade apresentava implantes dentários na posição dos dentes 36 e 46, com défice de mucosa queratinizada. Foi efetuado um enxerto gengival livre nas duas regiões antes da reabilitação prostodôntica.
Caso 3: Doente com 50 anos de idade, apresentava uma reabilitação com implante dentário da região do dente 36 concluída há 2 anos. Dada a presença de inflamação persistente na região vestibular, sem resolução após tratamento convencional e ausência de tecido queratinizado, foi realizado enxerto gengival livre.
Discussão: Após perda dentária, ocorre reabsorção óssea e diminuição da quantidade de tecido queratinizado. Os implantes dentários são, atualmente, a primeira opção para reabilitar regiões edêntulas. Há evidência científica que sugere que a falta de tecido queratinizado ao redor de implantes dentários está associada a maior acumulação de placa bacteriana, inflamação dos tecidos, recessão gengival e perda de inserção.
Conclusões: A técnica de enxerto gengival livre é o Gold Standard para aumento de tecido queratinizado em implantes dentários. A escolha do momento para a execução deste procedimento deverá resultar de um rigoroso planeamento de tratamento podendo estar indicada a sua realização, prévia à colocação do implante, numa segunda fase cirúrgica ou após a reabilitação prostodôntica.