Póster > Investigação > Periodontologia
Diogo Costa Carvalho
Universidade do Porto
Introdução: O mau hálito, também designado como halitose, refere-se ao odor desconfortável que é emanado aquando da exalação, independentemente de este ser proveniente de causas intra ou extraorais. Estudos propõem um intervalo de prevalência da halitose na população geral entre os 2 e os 49%.
Objetivos: Pretendeu-se avaliar a prevalência do mau hálito em pacientes saudáveis ou com doença periodontal na consulta de Periodontologia na clínica da FMDUP, através da medição da halitose pelo método organolético.
Material e Métodos: A amostra foi constituída por 92 pacientes, aos quais foi aplicado um questionário relativo a parâmetros socio-demográficos, de saúde, de higiene oral e relacionados com a halitose. Foi realizada uma avaliação periodontal, com a recolha dos valores dos índices de placa e Winkel e hemorragia pós-sondagem. Posteriormente, realizou-se o diagnóstico da doença periodontal. A medição da halitose foi realizada pelo método organolético. Foi feita uma análise descritiva dos resultados recorrendo ao IBM SPSS® Statistics v23.
Resultados: A prevalência da halitose foi de 56,5%. Foram encontradas relações estatisticamente significativas entre a halitose e o sexo, a doença periodontal e os parâmetros periodontais (índice de placa, índice de Winkel e hemorragia pós-sondagem) tendo em conta uma ρ<0,05.
Conclusões: Dada a elevada prevalência do mau hálito e a sua relação com parâmetros como a doença periodontal, a acumulação de placa dentária e lingual e a inflamação gengival, a halitose deve ser tida em conta como uma patologia multifatorial e o médico dentista deverá ser capaz de a diagnosticar e de aplicar uma terapêutica adequada.