Procedimentos endodônticos regenerativos de dentes permanentes jovens – revisão narrativa

Póster > Revisão > Odontopediatria

Hall dos e-Posters A – 10 novembro, 18h30 – Ordem nº 053
Candidato a prémio

Márcia Matos

Sónia Calado
Paulo Jorge Palma
João Miguel dos Santos
Ana Luísa Costa

Palavras-chave: “Endodontia regenerativa”; “revascularização”; “polpa”; “dentes permanentes imaturos/apex aberto”; “dentes não vitais”; “necrose pulpar”

Introdução: A lesão pulpar de um dente permanente com ápice aberto pode resultar em necrose, interrompendo a maturação radicular, condicionando uma raiz frágil, com paredes finas e relação coroa-raiz desfavorável, potenciando a sua fratura. Um procedimento endodôntico regenerativo (PER) que dê continuidade ao desenvolvimento radicular poderá constituir uma solução promissora nestes casos.

Objetivos: Sistematizar os PER enquanto abordagem terapêutica perante situações de necrose em dentes permanentes jovens.

Métodos: Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica na PubMed utilizando a combinação, através dos operadores booleanos, dos termos ((“revascularization” OR “revitalization” OR “regenerative endodontic procedures”) AND “permanent young teeth”) OR ((“revascularization” OR “revitalization” OR “regenerative endodontic procedures”) AND “permanent immature teeth”)”. Aplicaram-se os filtros: “5 years” (2011-2016); “full text”; “english” e “review”. Foram selecionados, após leitura integral, 22 publicações, complementadas por 4 referências cruzadas, perfazendo um total de 26 referências.

Resultados: Nestes casos, na ausência de contaminação, presença de uma matriz 3D adequada, células estaminais dentro do canal e adequado selamento coronário, poderá ocorrer reparação tecidular. Os principais passos consistem na desinfeção química, aplicação de medicação intracanalar, formação de coágulo que irá servir de matriz para diferenciação, crescimento e maturação celular, e na realização de um adequado selamento coronário com material bioactivo.

Conclusões: Os PER descritos acarretam algumas reservas em termos de resultados a médio/longo prazo, exigindo-se estudos com períodos de follow-up mais dilatados.

Implicações clínicas: PER têm potencial interesse clínico que deve ser tido em conta em situações particulares.