Hipofosfatasia em odontopediatria – A propósito de um caso clínico

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Hall dos e-Posters A – 10 novembro, 15h00 – Ordem nº 041
Candidato a prémio

Rocio Sampedro

Instituto Universitário de Ciências da Saúde

Teresa Vale

Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino de 9 anos de idade dirigiu-se à consulta devido a mobilidade excessiva nos dentes permanentes. Segundo a mãe pretendia colher uma segunda opinião pois havia sido diagnosticada ausência de formação radicular dos dentes permanentes. O paciente não apresentava antecedentes relevantes. Foram realizadas fotografias e uma radiografia panorâmica como exame complementar de diagnóstico. Após análise radiográfica chegamos ao possível diagnóstico de odontohipofosfatasia, pelas características típicas das câmaras pulpares alargadas e malformação radicular. O tratamento proposto é essencialmente preventivo. Prognóstico é reservado.

Discussão: Atendimento odontopediátrico regular e de início precoce é recomendado. Embora existam na literatura numerosos relatos de Hipofosfatasia, a documentação da abordagem médico- dentária é escassa. Na dentição decídua, mista e permanente, o tratamento dentário deve ser focado em higiene oral rigorosa e regimes de prevenção destinados a minimizar o agravamento da patologia periodontal e a prevenção de outras. O tratamento também pode incluir a substituição de dentes permanentes esfoliados, a maioria comummente com prótese removível. Monitorização cuidadosa é necessária para identificar a progressão da doença periodontal, o que pode ser uma indicação do grau de desenvolvimento sistémico.

Conclusões: Hipofosfatasia caracteriza-se por defeitos na mineralização óssea e dentária. De etiologia genética, afeta ambos sexos. Manifestações clínicas são muito variáveis e quanto mais precoce a idade de início, mais severas as suas manifestações. Medidas preventivas revelam-se de extrema importância nestes casos clínicos.