Póster > Investigação > Endodontia
Duarte Antunes Guimarães
Introdução: A extrusão apical detritos (EAD) consequência indesejável da instrumentação canalar pode ser associada a dor/edema, podendo atrasar a cicatrização periapical.
Objetivos: Avaliar e quantificar a EAD em canais instrumentados por sistemas de instrumentação rotatória contínua e reciprocante.
Materiais e Métodos: 80 dentes monocanalares foram aleatoriamente divididos em 4 grupos (n=20): OneShape® (OS) ProtaperNEXT® (PTN), Hyflex®EDM (HF) e WaveOne®Gold (WOG). Tubo Eppendorf (TE) foi pesado antecipadamente numa balança analítica de precisão e com um dente inserido foi montado num dispositivo modificado, similar ao método descrito por Myers & Montgomery. Os canais foram instrumentados e irrigados com água destilada. Os dentes instrumentados foram removidos dos TE e estes preenchidos com água destilada até perfazer 1,5ml, incubados a 70ºC durante cinco dias sendo pesados novamente, calculando a diferença entre o peso inicial e final determinando o peso dos detritos. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o IBM SPSS Statistics 22, considerando α=0,05. Efetuaram-se testes Kruskal-Wallis e post-hoc com ajustamento do ρ-value pelo método Dunn-Bonferroni.
Resultados: Houve EAD em todas as técnicas de instrumentação. A análise estatística mostrou haver diferenças significativas na EAD entre as técnicas utilizadas (α=0,002). Entre as técnicas WOG e OS (α=0,003), WOG e PTN (α=0,023) e WOG e HF (α=0,028).
Conclusões: A técnica HF apresentou menor EAD e a técnica WOG com movimento reciprocante constitui maior fator de risco tendo apresentado maior EAD.
Implicações clínicas: A escolha do sistema de instrumentação canalar influencia a extrusão de detritos.
Palavras-Chave: extrusion debris, root canal instrumentation, continuous rotation, reciprocating movement, M-Wire, CM-Wire