Carcinoma espinocelular: a propósito de um caso clínico

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Hall dos posters – 8 novembro, 11h30-13h00 – Ordem nº

Descrição

Doente do sexo masculino, raça caucasiana, com 64 anos foi encaminhado pelo médico dentista para observação na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto devido a presença de úlcera extensa e duradoura no pavimento da boca.

Segundo o doente refere que a úlcera surgiu há algum tempo referindo períodos de ardência sem a considerar relevante e não referindo outros sintomas associados. Da sua história clínica destaca-se o facto de ser consumidor de álcool e fumador. Foi efetuada ortopantomografia e radiografia oclusal como meios auxiliares de diagnóstico.

Após acurada história clínica e definido diagnóstico clinico provável de carcinoma espinocelular optou-se por realizar biópsia excisional visto a lesão apresentar tamanho inferior a 2cm e sem presença de gânglios. O prognóstico era reservado dado o diagnóstico clinico provável.

Discussão

O carcinoma espinocelular é a neoplasia com maior incidência na cavidade oral sendo mais prevalente no sexo masculino(1-6). Apresenta etiologia desconhecida Trabalhos publicados identificaram o álcool e o tabaco como os principais fatores de risco para o cancro oral1.

O tratamento de eleição para este tipo de carcinoma é a remoção cirúrgica, também sendo utilizados a eletrocirurgia, a radioterapia, a crioterapia, o laser, imunomodeladores e a quimioterapia localizada3.

Conclusão

A abordagem cirúrgica é a opção mais frequente e depende de vários fatores sendo o tamanho e localização da lesão os mais importantes. Efetuou-se estudo anátomo-patológico com confirmação do diagnóstico.

No controlo pós operatório o doente apresentou boa recuperação da mucosa contudo foi efetuado encaminhamento para o IPO devido à inexistência de margens de segurança.