Apicectomia como recurso para o sucesso do tratamento endodôntico

Póster > Casos clínicos > Endodontia

Hall dos posters – 8 novembro, 14h30-16h00 – Ordem nº

Descrição do Caso Clínico: Paciente do sexo feminino, caucasiana com 42 anos de idade, apresentava lesão apical extensa, com cerca 10 mm de diâmetro, no dente 22. De acordo com os sinais e sintomas chegou-se a um diagnóstico de periodontite apical aguda com necrose pulpar. O plano de tratamento consistiu inicialmente no tratamento endodôntico não cirúrgico com a ressalva da necessidade de monitorizar a evolução da lesão para possível tratamento cirúrgico por apicectomia. Iniciou-se o tratamento endodôntico com instrumentação mecânica rotatória tendo sido calibrado manualmente a 70.02. Dado o elevado calibre procedeu-se à obturação com MTA. A abordagem cirúrgica consistiu numa incisão Oschenbein -Luebke, descolamento total do retalho e osteotomia com contra ângulo de baixa rotação. Após realizado o acesso, fez-se a enucleação intacta da lesão com uma cureta. De seguida procedeu-se à curetagem da loca para remoção de restos epiteliais. Seccionou-se 3mm apicais da raíz com broca de Lindemann e fez-se o polimento com broca de gão fino. O defeito foi regenerado com biomaterial de origem bovina, Endobon® Xenograft Granules e membrana OsseoGuard®. O retalho foi reposicionado mantendo a integridade do periósteo. A sutura consistiu em pontos simples utilizando nylon 5-0. O follow-up foi realizado após 10 dias para remoção de suturas, observando-se uma cicatrização por 1º intenção. Os follow-ups seguintes foram realizados a um, três, seis e doze meses. Em todos observou-se a ausência de sintomatologia. Discussão: Após o tratamento endodôntico observou-se a persistência de sintomatologia não se verificando sinais radiográficos de regressão da lesão, pelo que houve necessidade de recorrer a cirurgia apical. Conclusão: A apicectomia é uma excelente opção e está indicada quando o tratamento endodôntico convencional, por si só, não é suficiente para eliminar a sintomatologia e evidenciar sinais radiográficos de regressão da lesão.