Abordagem cirúrgica de um quisto aneurismático da mandíbula: caso clínico

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Hall dos posters – 8 novembro, 11h30-13h00 – Ordem nº

Descrição

Doente do sexo masculino, 18 anos, saudável, com histórico de trauma da face aos 12 anos. Veio à consulta do Mestrado de Cirurgia Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, por indicação do médico dentista que o seguia, por ter detectado uma lesão radiolúcida na mandíbula na zona dos dentes 36 e 37. Após exame clínico e registo fotográfico intraoral, foram feitos testes de vitalidade aos dentes 36 e 37, os quais se apresentaram vitais. Foi pedida tomografia computorizada.

Diagnosticou-se como sendo um quisto aneurismático. Agendou-se cirurgia para descomprimir a lesão. Fez-se uma pequena osteotomia entre as raízes do 36 e 37, não havendo sinais de lesão quística típica com cápsula e conteúdo quístico com cristais de colesterina, confirmando-se o diagnóstico de quisto aneurismático. A cavidade não apresentava trabeculado ósseo, apenas uma loca com conteúdo hemático.

Discussão

A abordagem cirúrgica foi a mais correcta tendo em conta a conservação das estruturas anatómicas, nomeadamente dentes e osso. O impacto pós-operatório foi minimizado.

Conclusão

Os resultados obtidos foram os esperados, confirmando-se não só o diagnóstico clínico mas também imagiológico, assim como a técnica cirúrgica utilizada. A controvérsia sobre o quisto aneurismático prende-se com a sua origem: primária ou secundária.

Alguns autores consideram-na secundária a um trauma; outros sugerem como sendo uma derivação de uma quisto de células gigantes; também é sugerido como uma alteração local da circulação sanguínea acelerada pela pressão venosa. Em resumo, não há consenso quanto à etiologia do quisto aneurismático.