Hiperpigmentação melânica gengival tratada com laser CO2

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Hall dos posters – 8 novembro, 11h30-13h00 – Ordem nº

Descrição do Caso Clínico: Paciente M.P.F, de 27 anos, do sexo feminino, caucasiana, dirigiu-se ao Serviço de Estomatologia do Hospital de Valongo com a prioridade de retirar o “pigmento escuro” na boca. A doente referiu notar o escurecimento dos dentes e gengivas à mais de 1 ano principalmente na mandíbula. Sem sintomas e sem antecedentes pessoais e familiares de relevo. Fumava 30 cigarros por dia. Hemograma e bioquímica geral (incluindo cortisol, ACTH, e ionograma) encontravam-se dentro dos limites normais. Estabelecemos como diagnostico melanose associada ao tabaco. Como tratamento realizamos destartarização total; motivação à eliminação do hábito tabágico que a doente concordou; realização de tratamentos dentários conservadores e vaporização de lesões mucosas pigmentadas com laser CO2. Após 3 semanas a mucosa gengival encontrava-se sem qualquer tipo de pigmentação e completamente cicatrizada. Discussão: Acredita-se que esta pigmentação poderá estar relacionada com a estimulação melanocítica causada pelo fumo do cigarro. A região mais afectada é a gengiva vestibular anterior. A intensidade da pigmentação está relacionada com o tempo, o tipo e a dose de consumo de tabaco. Aquando a presença desta pigmentação deve ser feito um diagnóstico diferencial principalmente com pigmentação fisiológica, síndrome de Peutz-Jeghers, doença de Addison e melanoma. Com a cessação do hábito espera-se melhoria da situação ao longo dos anos. A melanose por si só parece ter pouca relevância, contudo pode mascarar outras lesões importância clínica cujo diagnóstico é fundamental. Vários tipos de tratamento têm sido propostos para a remoção deste tipo de pigmento, como agentes químicos, técnicas cirúrgicas convencionais, criocirurgia, tratamento químico e laser, sendo este último utilizado neste tratamento com resultados efectivos, rápidos e sem sintomatologia ou sequelas associadas. Conclusão: Após um ano de follow-up a doente encontrava-se sem sintomas ou sinais de Hiperpigmentação melânica gengival.