Tratamento de leucoplasias com laser CO2 – uma série de 11 casos

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Hall dos posters – 8 novembro, 11h30-13h00 – Ordem nº

Introdução e objetivos

Leucoplasia é definida como uma placa branca com risco de transformação questionável depois da exclusão de outras doenças que não apresentam risco para transformação maligna. Os tratamentos da leucoplasias orais com laser têm sido utilizados desde 1980.

Os nossos objectivos foram analisar a eficácia da vaporização com laser de CO2 (10600nm) no tratamento de uma sério de 11 casos de leucoplasia oral. Descrição: dos 11 casos, 7 eram homens e 4 mulheres. A idade média dos pacientes era 55.4 (dos 35-76). O tamanho das lesões varia entre 1 e 7cm, estando 4 localizadas na mucosa gengival, 3 na mucosa jugal e 4 na língua. Existem 7 leucoplasias homogéneas e 4 não homogéneas.

Cada lesão foi previamente biopsada e o diagnóstico de leucoplasia confirmado em todas. Para cada vaporização, utilizamos o laser dióxido (DEKAtm Smart US 20D), com peça de mão angulada e espelhada, modo contínuo e desfocalizado, 5W potência, foco de 2mm, PD de 159.2 W/cm2 e fluência de 159.2 J/cm2. Não houve complicações durante as cirurgias.

A cicatrização completa foi atingida ao fim de 3 semanas (média de 20.6 dias ±2.3). Os pacientes foram seguidos até pelo menos 12 meses (período médio de follow-up de 25 meses) e não foram notados quaisquer sinais de recidiva. Em todos os casos foi conseguida a eliminação completa da lesão primária. Houve duas recidivas (18%) no período de 3 a 6 meses.

Conclusão

A nossa experiência confirma que o laser CO2 é um método eficiente e seguro na eliminação de leucoplasia oral.

Implicações clínicas

Em casos onde a cirurgia convencional é complicada, o tratamento com laser CO2 revela-se uma opção eficaz e segura. Contudo, é necessário um período de follow-up destas lesões, dada a sua natureza potencialmente maligna.