Revisão narrativa de distalização intra-oral: pêndulo vs first class appliance®

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Hall dos posters – 8 novembro , 9h30-10h00 – Ordem nº

Introdução

A procura de modalidades de tratamento ortodôntico que evitem a necessidade de exodontias é, actualmente, de grande importância. Uma das soluções para o tratamento de Classes II dentárias sem extracção de pré-molares é a obtenção de Classe I molar pela distalização da arcada superior. A distalização com forças extra-orais, totalmente dependentes da cooperação do paciente, tende a ser substituída por aparatologias fixas intra-orais.

Objetivo

Através de uma revisão narrativa visando as mais recentes publicações acerca desta matéria, foram analisadas e resumidas as considerações clínicas da distalização intra-oral, assim como comparadas aparatologias frequentemente usadas e documentadas na literatura científica, quer a respeito da sua eficácia distalizadora, quer dos seus efeitos secundários. Como tal, foram seleccionados o First Class Appliance® (Leone) e o Pêndulo de Hilgers (e adaptações deste).

Métodos

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Pubmed e B-on, com as palavras-chave: maxillary molar distalization; intra-oral appliances; pendulum; first class.

Resultados

Dos resultados da pesquisa, foram consideradas de maior relevância científica as publicações dos últimos 10 anos (desde 2002) e limitadas à língua inglesa e portuguesa. Através dos referidos critérios, foram seleccionados 12 artigos.

Conclusões

Ambas as aparatologias resultam em distalização molar, com efeitos secundários, nomeadamente tipping distal molar – mais evidente no Pêndulo – e perda de ancoragem anterior – mais notório com o First Class Appliance®. As aparatologias palatinas, pela maior proximidade ao centro de resistência do molar superior, resultam em menor inclinação deste.

Implicações clínicas

É necessário que o ortodontista seleccione adequadamente o paciente candidato à distalização por este método, nomeadamente: gravidade da Classe II dentária; inclinação dos incisivos superiores, que devem estar normoposicionados ou retroinclinados e o biotipo facial ideal – braquifacial com mordida profunda. Deve ser feita sobrecorrecção, reforço da ancoragem e, posteriormente, é importante um protocolo de verticalização molar e contenção.