Efeitos do reposicionador mandibular no tratamento da apneia obstrutiva do sono

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Hall dos posters – 8 novembro , 9h30-10h00 – Ordem nº

Introdução

A Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é um distúrbio caraterizado pela ausência de respiração durante o sono durante mais de dez segundos, apesar do esforço respiratório. Trata-se de uma situação clínica com elevada prevalência e com bastante significância clínica.

Apesar da etiologia e patogenia permanecerem inconclusivas, estão descritas alterações craniofaciais predisponentes, como retrognatismo maxilar e mandibular, aumento da altura facial inferior e espaço aéreo posterior diminuído. Hodiernamente, tem sido descrita a utilização de aparelhos orais no tratamento da SAOS, dos quais o reposicionador mandibular tem vindo a ganhar destaque.

Objetivo

Nesta revisão pretendeu-se analisar os efeitos da utilização do reposicionador mandibular no tratamento de pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono, de forma a descrever a resposta das estruturas craniofaciais a este tratamento, bem como investigar possíveis alterações cefalométricas associadas a esta linha de tratamento.

Materiais e métodos

Para a revisão bibliográfica pesquisaram-se artigos na base de dados “Pubmed” e “B-on”, utilizando as palavras-chave “Sleep apnea syndromes”, “Snoring”, “Orthodontic appliances” e “Mandibular Repositioner”. Selecionaram-se 25 artigos de língua inglesa, francesa e espanhola, publicados desde 1978.

Resultados

Os reposicionadores mandibulares deverão promover um avanço mandibular de até 75% do avanço máximo em protrusão, uma abertura de 7 mm entre os incisivos superiores e inferiores, sem provocar alterações patológicas na articulação temporomandibular, aumentando o espaço retropalatal e planificando significativamente a postura lingual. Verifica-se uma correlação linear entre a redução da SAOS e as alterações específicas craniofaciais esqueléticas.

Conclusões

Os reposicionadores mandibulares são eficazes no tratamento alternativo para a SAOS, permitindo uma redução na frequência e intensidade dos episódios, bem como um controlo das crises respiratórias.

Implicações clínicas

Os aparelhos orais têm sido utilizados como primeira opção de tratamento da SAOS, dos quais se refere o uso efetivo de reposicionadores mandibulares na redução da frequência dos episódios.