Sinusite odontogénica maxilar associada a tratamento endodôntico não cirúrgico

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Hall dos posters – 8 novembro , 14h30-16h00 – Ordem nº

Introdução e objetivos

As infeções odontogénica são relativamente comuns, nas quais a incidência de sinusite odontogénica maxilar surge em cerca de 10-12% dos casos relatados. Nesta patologia, os dentes posterosuperiores encontram-se em estreita relação com os seios maxilares e em cerca de 40% dos casos as raízes dos molares estabelecem íntimo contato com o seio maxilar. Este estudo, pretende analisar com clareza a literatura médico-científica existente, indicar as terapêuticas clínicas a implementar e enunciar as guidelines existentes devidamente atualizadas.

Materiais e métodos

Revisão bibliográfica baseada em 7 artigos com relevância científica e informação verosímil, pesquisados nas bases de dados da Cochrane Collaboration; ScienceDirect; Pubmed; Medline; B-On; EBSCO-host entre 2000-2012, com as expressões chave: “endodontic treatment”, “odontogenic maxillary sinusitis” e “nonsurgical retreatment”.

Resultados

A sinusite odontogénica maxilar surge em 50% dos casos com alterações dos seios maxilares associada a patologia dentária periapical. Os primeiros e segundos molares maxilares são os dentes frequentemente envolvidos nesta patologia e a reabsorção óssea (radiolucência periapical) pode ser detetada ocasionalmente no raio-x. O(s) dente(s) afetado(s) apresenta(m) geralmente ausência da lâmina dura na região apical e os limites da lesão podem ser mal definidos, havendo perda gradual de tecido ósseo trabecular circundante à raiz.

Conclusões

A sinusite odontogénica maxilar com etiologia em lesões periapicais crónicas requer a remoção e eliminação da causa subjacente, coadjuvada com o tratamento da sinusite maxilar e, neste último, são quatro as opções propostas na literatura: retratamento endodôntico não cirúrgico, microcirurgia periapical, re-implante intencional com retrobturação extra-oral e exodontia seguida de drenagem do seio maxilar.

Implicações clínicas

A tomografia computorizada por feixe cónico (CB-CT) surge como uma excelente ferramenta complementar no diagnóstico de patologias sistémicas associadas ao insucesso do tratamento endodôntico não cirúrgico e posterior realização de um diagnóstico definitivo. Intervenções apropriadas devem ser futuramente instituídas incluindo, se necessário, a consulta de otorrinolaringologia.