Avaliação radiográfica de lesões ósseas de origem endodôntica

Póster > Revisão > Endodontia

Hall dos posters – 8 novembro , 14h30-16h00 – Ordem nº

Introdução e objetivos

Este trabalho pretende avaliar a precisão dos métodos radiográficos utilizados para indicar a presença/ausência e a eventual mudança, com o tempo, das lesões ósseas periapicais. Qual é o método mais válido para investigar as lesões ósseas de origem endodôntica?

Metodologia

A pesquisa de literatura electrónica incluiu as bases de dados PubMed, Embase e CENTRAL desde Janeiro de 1950 a Junho de 2011. As palavras-chave foram “Cone Beam Computed Tomography (CBCT)”, “Radiography Panoramic”, “Periapical Diseases”, “Dental Pulp Diseases”, “Sensitivity and Specificity”, “Receiver Operating Characteristics (ROC) Curve”, “Endodontics” and “Radiography Dental”.

A abordagem da Avaliação de Classificação de Recomendações, Desenvolvimento e Avaliação (GRADE) foi usada para avaliar a qualidade da evidência de cada método radiográfico com base em estudos de qualidade elevada ou moderada.

Resultados

Para efeitos de diagnóstico, não há evidências suficientes de que a técnica radiográfica intra-oral digital seja tão precisa quanto a técnica de filme convencional. O mesmo se aplica ao CBCT.

Conclusões

Esta revisão bibliográfica demonstra que há falta de conhecimentos sobre a exactidão diagnóstica das diversas técnicas radiográficas clinicamente em uso. A Radiografia Digital e a película radiográfica periapical têm uma capacidade limitada para revelar lesões ósseas pequenas, mas uma alta habilidade para identificar condições de normalidade periapical. CBCT é a técnica mais sensível que mostra, mais expeditamente do que a radiografia convencional, lesões ósseas secundárias.

Implicações clínicas

O CBCT parece estar a assumir uma importância crescente no diagnóstico de alterações de tecido ósseo periapical e na monitorização do “status” de canal radicular tratado endodonticamente. Até à data, a precisão do diagnóstico não foi devidamente investigada e, portanto, há necessidade de estudos que comparem esse método com radiografia intra-oral convencional.