Infeção cruzada em medicina dentária: comportamentos de estudantes de medicina dentária portugueses

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Hall dos posters – 8 novembro , 17h30-19h00 – Ordem nº

Na Medicina Dentária, os profissionais de saúde, os pacientes e o pessoal administrativo, assim como os estudantes de medicina dentária frequentando os anos clínicos, podem, no decurso da realização de procedimentos clínicos, estar expostos a microrganismos potencialmente patogénicos.

O controlo da infeção cruzada deve constituir uma preocupação de todos, incluindo os estudantes, sendo poucos os estudos relacionados com este tema que reflitam a realidade portuguesa.

Este trabalho de investigação tem como objetivo contribuir para um melhor conhecimento dos hábitos de aplicação de algumas das medidas de controlo de infeção cruzada pelos estudantes e aferir as reais necessidades da sua promoção junto dos mesmos.

Foi disponibilizado um questionário online, anónimo, visando o conhecimento da utilização de medidas de controlo da infeção cruzada no decurso do desenvolvimento da atividade médico dentária. Foi dirigido a estudantes dos anos clínicos (4º e 5º), das sete Faculdades de Medicina Dentária Portuguesas. O questionário continha questões relacionadas com a prática da anamnese, da imunização e da utilização das chamadas precauções universais.

No total foram enviados 810 questionários e obtidas 24,7% de respostas sendo que 77,5% eram do sexo feminino. Foram obtidas respostas de estudantes de todas as Instituições de ensino com destaque para o Instituto Superior de Ciências de Saúde do Norte, com 25% de respostas. Verificaram-se diferenças com significado estatístico (p<0,01), quanto ao género, no que diz respeito à lavagem das mãos após a remoção das luvas, sendo o género feminino o que o faz mais frequentemente.

Observamos também que o género feminino e os estudantes da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Lisboa utilizam touca com maior frequência (ambas com p<0,1). As Faculdades de Medicina Dentária portuguesas devem concentrar-se em estratégias que sensibilizem os alunos e assim garantam atitudes e comportamentos adequados a procedimentos de controlo da infeção cruzada.