Póster > Investigação > Patologia Oral
Objetivos
Verificar se o diagnóstico clínico das lesões brancas corresponde ao diagnóstico histológico e estudar a frequência desta lesão numa população portuguesa.
Materiais e métodos
Quatrocentos e treze relatórios anatomo-patológicos do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), relativos a 413 biopsias realizadas na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto entre os anos de 2000 e 2010, foram consultados.
Dados relativos à informação clínica, diagnóstico, natureza da peça, idade e sexo dos pacientes, foram recolhidos para a realização do estudo. A uniformização de termos relativos à informação clínica foi necessária para o estabelecimento da correlação entre o diagnóstico clínico e o histológico. Os resultados foram analisados em SPSS (versão 17).
Resultados
A discrepância entre o diagnóstico clínico e histopatológico foi de 11,5% e 14,3% para o líquen plano oral e leucoplasia, respectivamente. O líquen plano oral foi o diagnóstico histológico mais frequente de lesão branca (41,5%), seguindo-se a leucoqueratose e o papiloma ambos com 16,9%. A mucosa jugal foi a localização mais frequente das lesões brancas. Os indivíduos do sexo feminino, e os indivíduos com idades compreendidas entre a quarta e sexta décadas de vida foram os mais afectados.
Conclusões
As lesões brancas diagnosticadas clinicamente como leucoplasia que apresentaram discrepância entre o diagnóstico clínico e histológico, correspondiam a lesões de líquen plano oral que perderam o seu aspecto típico e levaram à biopsia.
Implicações clínicas
Este estudo chama-nos a atenção para a necessidade de um exame clínico muito cuidadoso em todas as lesões brancas para evitar erros de diagnóstico que só o laboratório pode dirimir