Cancro oral – riscos, sensibilização e tomada de consciência: resultados de estudo

Póster > Investigação > Patologia Oral

Hall dos posters – 8 novembro, 17h30-19h00 – Ordem nº

Introdução

Os tumores malignos da cabeça e pescoço representam um dos seis tumores malignos mais prevalentes em todo o mundo, sendo anualmente diagnosticados 900 000 novos casos mundialmente. De prognóstico reservado quanto à sobrevivência, associa-se a deterioração de funções básicas resultando num impacto altamente negativo na Qualidade de Vida.

Objetivos

Rastreio, divulgação e sensibilização para o risco de cancro oral – potenciando o diagnóstico precoce.

Materiais e métodos

Participaram oito médicos dentistas e 30 alunos do mestrado integrado em medicina dentária da UFP, organizados em equipas. Todos os médicos dentistas foram previamente preparados e calibrados no IPO-Porto. Decorreram acções de Rastreio de Cancro Oral – residentes no distrito do Porto mediante consentimento escrito – e 40 acções de sensibilização sobre Cancro Oral, seguidas de debate.

Resultados

Avaliaram-se 1202 indivíduos, 665 do sexo masculino. Dos inquiridos, 964 declarou não fumar; nos mais jovens (<14 anos) os indivíduos do sexo masculino fumam significativamente mais, tendência que foi mudando, chegando mesmo a inverter aos 25 e 34 anos, período único em que o consumo tabágico era predominantemente feminino. A maioria dos inquiridos não tinha hábitos etílicos (n=1114) e a prática de realização do auto-exame da cavidade oral era comum a 27% dos indivíduos. Identificou-se patologia oral em 3% da população, dos quais 2% apresentavam lesão com características clínicas suspeitas de malignidade.

Conclusões

A prevenção e diagnóstico precoce de cancro oral são fundamentais para um tratamento atempado, determinantes para prognósticos mais favoráveis. Neste estudo dada especial atenção a sectores da sociedade que representam um risco potencial de desenvolvimento de Cancro Oral contribuindo assim para a promoção da Saúde Oral.

Implicações clínicas

Estudos recentes comprovam que o diagnóstico tardio de cancro oral não resulta principalmente da dificuldade do diagnóstico clínico, mas da precária informação da sociedade. Este estudo contribuiu para uma mudança de atitude.