Relação entre sínfise mandibular e crescimento facial – estudo cefalométrico

Póster > Investigação > Ortodontia

Hall dos posters – 8 novembro, 17h30-19h00 – Ordem nº

Na ortodontia actual, mais importante que saber tratar desvios da normalidade, será saber interpretar, o mais precocemente possível, indícios de defeitos futuros e actuar no sentido de corrigir esses desvios. É com este intuito que estudar o crescimento facial esperado de um dado indivíduo se torna imperativo num diagnóstico e planeamento ortodôntico para potencialmente contribuir para que o desenvolvimento das estruturas dentofaciais seja o mais equilibrado.

Vários autores afirmam existir uma variedade de parâmetros esqueléticos indicadores do modo de crescimento facial. A morfologia da sínfise mentoniana, avaliada na telerradiografia do perfil facial tem sido objecto de estudo neste contexto, designadamente, Ricketts, definiu que a morfologia e inclinação da sínfise são fortes indicadores biológicos da direcção do crescimento mandibular.

Com este estudo piloto ambiciono estudar a morfologia e a inclinação da sínfise em 20 telerradiografias de perfil de pacientes ortodônticos adultos antes de qualquer intervenção, interpretando-as no âmbito do crescimento mandibular.

A direcção de crescimento foi determinada através da análise de Ricketts, recorrendo ao programa informático NEMOCEPH®. A morfologia e a inclinação da sínfise foram obtidas pela metodologia descrita por Aki Todd (altura, profundidade, razão e ângulo medidas directamente na sínfise). Fez-se a aplicação da estatística de ANOVA e a correlação de Pearson. Apenas a relação de proporcionalidade inversa entre a razão e o ângulo foi verificada, sendo que não apresentava significância estatística (p <0,05).

Conclui-se que para esta amostra a morfologia da sínfise mentoniana não permite diferenciar os indivíduos consoante o padrão de crescimento. Uma maior amostra e uma metodologia menos subjectiva são requeridas.