Avaliação clínica das pulpotomias com formocresol numa amostra de crianças da FMDUP

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Hall dos posters – 8 novembro, 17h30-19h00 – Ordem nº

Introdução e objetivos

A pulpotomia constitui um bom tratamento para a manutenção da integridade dos dentes decíduos. No entanto, a técnica com formocresol tem sido alvo de polémica e contestação, devido ao risco mutagénico e tóxico do formaldeído. Assim sendo, é de extrema relevância avaliar periodicamente o sucesso das pulpotomias, analisando parâmetros clínicos e radiográficos.

O objetivo consiste em avaliar clinicamente e radiograficamente a eficácia das pulpotomias realizadas pela técnica do formocresol, numa amostra de pacientes da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP). Além disso, verificar se o tempo tem influência no sucesso clínico deste tratamento.

Materiais e métodos

Foram avaliadas clinica e radiograficamente 78 pulpotomias, realizadas pelos alunos do 5º ano na Unidade Clínica de Odontopediatria e Ortodontia da FMDUP e registar o tempo de follow-up em dois intervalos, em 6 meses ou menos e mais de 6 meses. Para a análise estatística foi aplicado o teste do Qui-quadrado e o teste Binomial, com nível de significância de 5%.

Resultados

Neste trabalho verificou-se que o sucesso clínico e radiográfico foi de 84,6%, e 73,1% respetivamente. O sucesso da pulpotomia (clínico e radiográfico) foi de 70,5%. Constatou-se também que existe maior percentagem de sucesso deste tratamento, no entanto esta relação não é estatisticamente significativa.

Conclusão

Pode-se concluir que o sucesso das pulpotomias foi de 70,5%. Pode-se concluir ainda que, existe uma relação entre o tempo e o sucesso da pulpotomia. No entanto, esta relação não é estatisticamente significativa.

Implicações clínicas

Este estudo permitiu confirmar que o formocresol ainda apresenta alta taxa de sucesso, nas pulpotomias. Para além disto, o trabalho verificou que este procedimento parece ser mais eficaz até 6 meses, após tratamento.