Pacientes portadores de necessidades especiais: implementação de um programa de saúde oral

Póster > Investigação > Medicina Dentária Preventiva

Hall dos posters – 8 novembro, 14h30-16h00 – Ordem nº

O número de crianças com necessidades especiais que chegam à idade adulta está a aumentar devido à melhoria dos cuidados neonatais e pediátricos. Estudos têm demonstrado que pessoas com necessidades especiais têm acesso limitado ao atendimento dentário e apresentam pior saúde oral quando comparado com a população em geral.

Objetivos

Elaboração de um programa de promoção de saúde oral direcionado a indivíduos portadores de necessidades especiais e avaliação da sua efetividade. Métodos: Estudo longitudinal, realizado através da avaliação, em dois momentos, dos dentes cariados, perdidos e obturados (CPO) e do Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS), ensino e treino de técnicas de escovagem e aplicação de um questionário sobre cuidados de saúde oral aos responsáveis dos participantes.

Resultados

A amostra foi constituída por 36 indivíduos, com idades compreendidas entre 17 e 41 anos, sendo 52,8% do sexo masculino. No início do estudo, o valor médio do CPO foi de 5,20±3,45, sendo os perdidos o valor mais alto, com uma média de 2,56±2,62. O IHOS variou, entre as duas avaliações, de 3,23±1,31 para 2,71±1,26 (p=0,002). 58,3% dos entrevistados afirmaram que os seus filhos escovavam os dentes mais do que uma vez por dia e 36,1% os auxiliava nessa tarefa.

Relativamente aos cuidados médico-dentários, 83,3% dos responsáveis relataram ter acompanhado o seu filho ao dentista e 73,3% fizeram-no no último ano. Questionados acerca do motivo da última consulta, 30% consultou por rotina e a maior percentagem, 53,3%, deveu-se a outros motivos, como extração (56,3%). 77,8% dos responsáveis afirmaram ter acesso a um consultório dentário se precisarem, mas por vezes deparam-se com algumas barreiras (36,7%).

Conclusão

Durante o intervalo de 2 meses, houve uma redução significativa (p=0,002) do Índice de Higiene Oral Simplificado.

Implicações clínicas

Desenvolvimento de estratégias preventivas direcionadas a pacientes com necessidades especiais.