Estudo da morfologia dos sistema de canais radiculares numa população portuguesa

Póster > Investigação > Endodontia

Hall dos posters – 8 novembro, 14h30-16h00 – Ordem nº

Introdução

O conhecimento da complexidade anatómica do sistema de canais radiculares é imperativa para se assegurar o êxito de um tratamento endodôntico não cirúrgico. A variação na morfologia do sistema de canais radiculares ocorre frequentemente e deve ser encarada como uma situação comum.

Objetivo

Determinar a morfologia do sistema de canais radiculares de primeiros e segundos pré-molares maxilares e mandibulares, numa população portuguesa, através da técnica de descalcificação-diafanização.

Material e métodos

Utilizaram-se 118 dentes humanos extraídos não endodonciados tendo sido identificados e divididos em quatro grupos. Os dentes foram tornados transparentes através da técnica de descalcificação-diafanização. De seguida foi injetada tinta da China no interior dos canais radiculares. A tipologia dos canais radiculares foi classificada segundo a classificação de Weine FS (1969) – Tipos I, II, III e IV. Todos os dados foram analisados através do SPSS 18.0.

Resultados

Um único canal radicular foi encontrado em 47,4% das raízes dos pré-molares, dois canais foram identificados em 51,8% e três canais ou mais presentes em 0,8%. Prevalência de cada tipologia: Tipo I (39,8%), Tipo II (22,9%), Tipo III (29,7%) e Tipo IV (7,6%). O teste de X2 ou qui-quadrado, demonstrou a existência de uma relação entre a classificação de Weine e os diferentes tipos de pré-molares (p<0001).

Conclusões

O Tipo I de Weine foi mais frequente nos segundos pré-molares inferiores, o tipo II nos primeiros pré-molares inferiores e o tipo III nos primeiros pré-molares maxilares. O Tipo IV não está diretamente associado a nenhum grupo de dentes.

Implicações clínicas

As variações da morfologia observadas podem explicar o fracasso de determinados tratamentos endodônticos aparentemente bem realizados.