Apresentação

Saúde oral e autarquias em destaque no ano de regresso do Congresso a Lisboa

No início de 2002, a Ordem dos Médicos Dentistas procurava novas parcerias estratégicas, nomeadamente com as autarquias. A presença da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Maria José Nogueira Pinto, na Convenção “Autarquias e Saúde Oral”, que decorreu no XI Congresso da OMD, representou um reconhecimento deste projeto que vinha a ser desenvolvido e implementado por um grupo de trabalho constituído para o efeito.

A luta pela criação de uma carreira de medicina dentária nos quadros do Serviço Nacional de Saúde era já um tema na ordem do dia e, nesse ano, perante a recusa do Governo e principais partidos da oposição em tomar medidas, a OMD decidiu contactar todas as autarquias do país, no sentido de colaborarem no estudo, discussão e implementação de programas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento na área da saúde oral, adaptados à realidade de cada município. A questão foi inclusive inserida no documento de reflexão e análise sobre a área da saúde em Portugal, apresentado pelo bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, na primeira reunião que teve com o Presidente da República, Jorge Sampaio.

A pensar numa maior aproximação aos médicos dentistas mais jovens, em 2002, a nova direção reestruturou o Dossier dos Novos Membros, com o intuito de auxiliar a integração dos recém-inscritos, através da disponibilização de informação sobre ética e deontologia, finanças, segurança social, protocolos estabelecidos pela Ordem e área jurídica.

Regresso à capital

Desde 1998 que não se organizava um Congresso da OMD em Lisboa. O grau de participação e adesão empresarial mostrou que fazia todo o sentido levar mais vezes o evento à capital. Com 1.602 congressistas, 1.229 visitantes e cerca de 110 empresas na Expo-Dentária, na opinião do presidente da Comissão Organizadora, António Ginjeira, havia todo o “interesse em realizar o Congresso da OMD alternadamente em Lisboa e no Porto, dissipando-se as dúvidas sobre a viabilidade económica da sua realização em Lisboa”.

O responsável lembra no Livro dos 15 Anos de Congressos da OMD que a sua equipa apostou “em elevar ainda mais a qualidade do programa científico, tendo contado com a participação de Newton Fahl, na dentisteria, Arnaldo Castellucci, na endodontia, Harold Baumgarten, na periodontologia, Joseph Massad, na prostodontia, Walter Cardoso, na patologia oral”, entre outros conferencistas, cuja “excelência das suas apresentações” contribuíram para a formação da classe.

E por falar em formação, sabia que a nova direção da OMD realizou durante 2002, à margem do congresso, a segunda edição dos cursos de formação profissional subsidiados pelo Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS)? E, tal como hoje se verifica no Centro de Formação Contínua, já existia a preocupação em descentralizar as ações, para que todos os colegas tivessem oportunidade de frequentar os cursos.

Capacidade de se reinventar

O XI Congresso da OMD, que decorreu de 5 a 7 de dezembro, no Centro de Congressos de Lisboa, primou pela capacidade inventiva, em que se destaca a introdução de leitores de códigos de barras nas entradas e saídas das salas.

A ideia de criar uma sala interativa foi pioneira. Como promovia a participação da assistência foi naturalmente um sucesso entre os congressistas. “A escolha de uma sessão multidisciplinar, os temas relacionados com a deontologia e o desafio feito ao Prof. Syngcuk Kim para colocar casos concretos de endodontia preencheram esta sala”, lembrou António Ginjeira.

A endodontia será uma das várias áreas abordadas no congresso de 2016. Já conhece os conferencistas da XXV edição? Siga o link e descubra o programa deste ano.

 

Reveja os momentos que marcaram o XI Congresso da OMD, na página de Facebook da OMD.