Apresentação

“1994, ano do salto em frente!”

“O Dentista é Meu Amigo”. O mote poderia ser de uma campanha da atualidade, mas na verdade refere-se à iniciativa que marcou o evento de medicina dentária de 1994. Consegue imaginar o Congresso da APMD repleto de crianças? Foi o que aconteceu na terceira edição.

Pela primeira vez, as comissões organizadora e científica falaram de filantropia e organizaram um espetáculo inédito para receber 1.000 crianças das escolas de ensino básico de Matosinhos (Porto). Quem sabe se nesta ação de educação para a saúde oral, algumas dessas crianças não descobriram uma nova vocação e são hoje médicos dentistas.

Certo é que 1994 foi um ano agridoce na história dos congressos. Se a iniciativa com as crianças foi um êxito inigualável, a equipa deparou-se com revés inesperado: Ronald Goldstein, o anunciado cabeça de cartaz americano, que viria dar o curso do pré-congresso “Change your smile”, acabou por não poder comparecer. Uma notícia que chegou um dia antes do arranque do III Congresso da APMD e que deitou por terra o esforço de vários meses de trabalho.

Porém, apesar deste imprevisto, o evento de 1994 fez história a vários níveis. Antes de mais, porque atingiu um número recorde de participações: ultrapassou as 1.000 inscrições! A escolha de um local emblemático do Porto, famoso por ser o espaço de excelência dos principais congressos e exposições nacionais, foi uma aventura. A Exponor foi uma aposta irreverente, mas ganha!

“O susto de levar o Congresso para uma área daquela envergadura! O medo de ter pela frente um gigante de custos! A desilusão de ter anunciado um cabeça de cartaz americano (Ronald Goldstein) e, na véspera, saber da sua ausência! O prazer (até às lágrimas!) de ver mil crianças das escolas de Matosinhos a assistir a um espetáculo que nunca tínhamos organizado! O sucesso contabilizado na satisfação dos colegas e dos expositores. 1994 ano do salto em frente!”, resumiu mais tarde Manuel Fontes de Carvalho, secretário-geral do III Congresso da APMD.

E tudo isto foi alcançado com a equipa mais pequena de sempre. Entre comissão organizadora e científica contabilizam-se oito médicos dentistas, que ergueram um congresso memorável, com destaque para o programa científico que reuniu 20 conferencistas nacionais e 10 estrangeiros. Trabalharam afincadamente com um ano de antecedência para, durante três dias (1 a 3 de dezembro), proporcionarem um evento que superasse a edição anterior. É assim desde sempre e, este ano, não será exceção. Em 2016, assistiremos ao regresso do Congresso OMD à Exponor, no Porto, uma casa que conhece bem.

 

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