A Ordem dos Médicos Dentistas participou na assembleia-geral do Conselho Europeu de Médicos Dentistas, que decorreu a 26 e 27 de maio, na Suécia. Na reunião, o bastonário apresentou algumas das preocupações da OMD em relação ao futuro da profissão em Portugal.

Miguel Pavão assumiu também a interlocução entre a direção do CED e o novo grupo de trabalho sobre saúde oral, que será coordenado por Vasileios Stathopoulos. O bastonário da OMD aproveitou a participação na assembleia para alertar para a necessidade de acompanhar e regular o crescente corporativismo associado à medicina dentária, lembrando os perigos inerentes para a qualidade do exercício profissional e para a segurança dos doentes.

Por outro lado, deu nota do trabalho que a OMD está a desenvolver em conjunto com as instituições de ensino superior portuguesas, de forma a promover a qualidade e mais tempo dedicado à prática clínica durante a formação dos futuros profissionais. Também o mercado interno da União Europeia e os desafios que a crescente mobilidade representa para a profissão mereceram particular reflexão por parte da Ordem.

Os membros do CED discutiram o relatório sobre o panorama da saúde oral na Europa, recentemente publicado pela Organização Mundial da Saúde. Ficou decidido que seria enviada uma carta, em colaboração com a ERO, à OMS, uma vez que muitos participantes se mostraram preocupados com os dados apresentados no relatório, que parece estar incompleto em relação alguns países.

O CED debateu e adotou uma “Posição sobre os profissionais de medicina dentária” que visa emitir recomendações que permitam resolver desequilíbrios entre os números e distribuição de pessoal, através da adoção de medidas consistentes que melhorem o seu status quo atual. Esta posição surge com base no Livro Branco do CED, que foi adotado em novembro de 2022.