Temos passado em Portugal e todo o mundo por momentos muito difíceis que a todos afetam. Vivemos num período de pandemia, absolutamente excecional que obrigou à tomada de decisões também elas absolutamente excecionais.

Com o final do Estado de Emergência anunciado pelo Governo, estamos em condições de retomar a atividade a partir do próximo dia 3 de maio.

Esta abertura não é ainda um regresso ao estado normal de atividade profissional, mas sim condicionada e enquadrada na Orientação Técnica da Direção-Geral da Saúde (consultar pdf), que entra em vigor nesse dia, e ainda nas recomendações da Ordem elaboradas pelo grupo de trabalho COVID-19 Fase 2 (consultar pdf, requer autenticação).

Sem esta norma da Direção-Geral da Saúde não seria possível, por indicação do Ministério da Saúde, procedermos à abertura condicionada.

Relembremos algumas decisões tomadas neste último mês e meio:

  • A 14 de março recomendámos a suspensão, com exceção das situações de urgência.
  • A 15 de março o Governo decretou a suspensão de toda e qualquer atividade de medicina dentária com exceção de situações comprovadamente urgentes e inadiáveis.
  • Este despacho foi posteriormente integrado na legislação do Estado de Emergência que o Governo decretou.
  • Demos um contributo cívico notável. Protegemos as vidas dos médicos dentistas e da população.
  • Estivemos na primeira linha das exigências de medidas de apoio ao setor.
  • Articulámo-nos com as profissões europeias sobre esta matéria.
  • Aprovámos isenção de quotas para os médicos dentistas.
  • Reunimos várias vezes com o Ministério da Saúde.
  • Tivemos uma audiência com o Senhor Presidente da República.
  • Os órgãos sociais da OMD reuniram dezenas de vezes durante este período.
  • Denunciámos às autoridades as situações de incumprimento da suspensão que nos foram comunicadas.
  • Disponibilizámos formação contínua gratuita em live streaming.
  • Respondemos a centenas de questões e dúvidas remetidas pelos médicos dentistas.
  • Fizemos inquéritos aos médicos dentistas, para monitorização da situação.
  • Denunciámos a falta de EPI. Recebemos do Governo e adquirimos também, excecionalmente, máscaras para distribuição aos colegas.
  • Promovemos e organizámos sessões online de esclarecimento dos colegas ao nível do COVID-19 e ao nível fiscal.
  • Articulámo-nos com o Ministério da Saúde, Direção-Geral da Saúde, INFARMED e Serviços Partilhados do Ministério da Saúde sobre toda as decisões transversais tomadas.
  • Propusemos ao Governo a retoma da atividade, quando entendemos adequado e atendendo ao final do Estado de Emergência.
  • Por último, e talvez o mais importante, emitimos permanentes orientações para o acompanhamento da fase de suspensão de atividade neste mês e meio.

Aos membros dos grupos de trabalho COVID-19 e COVID-19 Fase 2, aqueles que fizeram acompanhamento direto deste processo, aos órgãos sociais e sobretudo aos colaboradores e assessorias da nossa Ordem, agradecemos todo o empenho e dedicação, muitas vezes levados ao limite.

A seu tempo daremos nota pública do contributo dos envolvidos.

Este acompanhamento tem permitido contribuir para que a profissão em Portugal ultrapassasse um momento absolutamente excecional, com medidas excecionais e salvaguardando vidas.

Infelizmente, como aconteceu com praticamente todos os setores de atividade, com grande prejuízo económico dos médicos dentistas e das clínicas e consultórios de medicina dentária, não apenas em Portugal, mas em toda a Europa.

Estamos certos que vamos recuperar!

Paradoxalmente ficou mais claro ainda para a sociedade portuguesa a importância da saúde oral e da medicina dentária.

Agora o tempo é de trabalho, de recuperação, de atendermos os nossos doentes, seguindo as orientações da Direcção-Geral da Saúde e da própria Ordem dos Médicos Dentistas.

A todos os médicos dentistas, uma saudação especial pela resiliência e perseverança!

Da nossa parte, na Ordem, continuaremos a trabalhar para o acompanhamento da profissão nesta fase que temos pela frente!