Quase um mês após a reabertura das clínicas e consultórios de medicina dentária, o bastonário da OMD mantém a avaliação positiva do Ministério da Saúde quanto à gestão da “saúde pública”, mas “em termos de apoio económico tem estado muito aquém do que seria desejável”. Isto porque, alertou Orlando Monteiro da Silva em entrevista à Rádio Renascença (consultar no site da RR),  continua a assistir-se à falta de apoios a um setor que foi diretamente afetado pela pandemia, ao encerrar portas a 16 de março (com a exceção dos atendimentos urgentes e inadiáveis).

O responsável esclareceu que a medicina dentária é uma profissão liberal e que ficou sem apoios e os que existem, embora positivos, não resolvem o problema. “A grande medida que sempre achamos fundamental”, explicou, seria a criação de “um subsídio a fundo perdido para que as pessoas pudessem ter uma fonte de rendimento provisória”.

Perante estes factos, Orlando Monteiro da Silva considerou natural que atualmente os honorários “reflitam a nova proteção contra a COVID-19”, já que foram implementadas novas metodologias, adquiridos novos equipamentos e com os novos protocolos há menos consultas por dia. Embora, frisou, as tabelas com referências de preços mínimos e máximos sejam “proibidas nesta área de atividade, mas estão afixadas nos consultórios”. “Nesta fase há mais custos inerentes à pandemia”, indicou, salvaguardando que “os doentes devem ser previamente informados sobre os custos em questão”.

A suspensão da atividade de medicina dentária cessou com o fim do estado de emergência. A 4 de maio, as clínicas e consultórios foram autorizadas a reabrir, seguindo as orientações técnicas da Direção-Geral da Saúde e as recomendações da OMD para retoma da atividade de medicina dentária (acesso reservado a médicos dentistas).