Os presidentes dos órgãos sociais da OMD reuniram na passada semana com o Conselho Diretivo para ficarem a par da sua linha de atuação e juntos debaterem estratégias para dar resposta às muitas solicitações da classe.

Para Orlando Monteiro da Silva, bastonário e presidente do Conselho Diretivo (CD) da OMD, os “médicos dentistas não têm uma situação de favor na suspensão da sua atividade, com exceção do atendimento de urgências, decretada pelo Estado português”. Em causa está “a especificidade da profissão que o determinou, em Portugal, toda a Europa, Estados Unidos, Turquia, em todo o mundo onde há profissão organizada”. No entanto, considerou que “esta medida destinou-se a proteger o público em geral e os próprios médicos dentistas e suas famílias”. “Essa é a prioridade das prioridades”, frisou.

Pedro Pires, vice-presidente do CD, sustentou que “precisamos todos de união e coragem para tomarmos as medidas certas e podermos servir”. Explicou ainda que, nesta reunião, os presidentes dos órgãos sociais da OMD, “num espírito de grande colaboração, tomaram conhecimento das recentes decisões do Conselho Diretivo e do Grupo COVID-19, entretanto criado, para darem sugestões sobre as decisões mais importantes e prementes que devemos tomar e ter em conta”.

O presidente do Conselho Geral, Paulo Ribeiro de Melo, considerou fundamental a comunicação entre os presidentes dos órgãos sociais para que conheçam “as decisões decorrentes da necessidade de adequar a OMD e os médicos dentistas aos meios necessários para minimizar os efeitos do que estamos a viver”. O responsável explicou que “houve necessidade de cancelar a reunião ordinária do Conselho Geral, estando agora dependente do desenvolvimento da situação para encontrar a melhor solução, de forma a podermos responder às obrigações legais”.

Luís Filipe Correia, presidente do Conselho Deontológico e de Disciplina, realçou que é muito importante “alertar os colegas para a possível existência de clínicas estarem abertas, sem fazer qualquer tipo de triagem e sem respeitar as normas impostas pelo Presidente da República, pelo Governo e pela Ordem dos Médicos Dentistas”. E lembrou que “o não cumprimento destas normas pode ser interpretado como desobediência civil” e “perante uma comprovada situação deste género, o Conselho Deontológico e de Disciplina atuará de forma exemplar”.

Ana Mano Azul, presidente do Conselho Fiscal, acrescentou que “pela seriedade da situação em que toda a classe se encontra, este grupo continuará a reunir-se regularmente para a monitorização deste momento que atravessa o país, e para o debate da informação que for surgindo com impacto direto na saúde de todos nós e na nossa atividade profissional”.

João Caramês, presidente da mesa da Assembleia-Geral, referiu que a reunião visou procurar “nesta altura de crise a participação transversal pela defesa dos interesses dos médicos dentistas”. Lembrou que o decreto do Governo “foi a exclamação máxima perante a sociedade de que os médicos dentistas são dos maiores agentes de saúde pública”. Pelo que assegurou que “com a necessária tranquilidade e confiança, mobilizaremos meios e recursos que restabeleçam eficazmente a nossa atividade clínica e promovam esclarecedora comunicação com a população”.

Os presidentes dos órgãos sociais da OMD voltam a reunir esta semana.