A revisão pela União Europeia do programa de estudos para a formação de médicos dentistas na Europa, no âmbito da Diretiva 2005/36/CE relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais, foi o tema central da reunião que juntou a Ordem dos Médicos Dentistas e as sete instituições universitárias portuguesas que lecionam o mestrado integrado de medicina dentária.
O encontro, que decorreu em Coimbra, a 1 de fevereiro, permitiu fazer o ponto da situação deste processo, que tem sido discutido nos vários encontros que a OMD e as faculdades têm mantido. Recorde-se que, durante o 29º Congresso da OMD, em novembro passado, a Ordem, as sete instituições de ensino superior portuguesas e a Associação Nacional dos Estudantes de Medicina Dentária (ANEMD) chegaram a uma posição conjunta, que foi apresentada na Assembleia-Geral do CED (Conselho Europeu de Médicos Dentistas) e da FEDCAR (Federação das Autoridades Europeias Competentes e Reguladores da Profissão).
Nesta primeira reunião de 2020 foi igualmente abordada a declaração conjunta CED/ FEDCAR, assim como a constituição de um grupo de trabalho que possa identificar as bases do aumento do tempo de duração do Mestrado Integrado. Esta equipa terá ainda como missão analisar uma reestruturação curricular, uma das metas estabelecidas no documento conjunto que foi divulgado após o encontro de julho do ano passado. Além da reestruturação curricular do mestrado integrado, nesse dossier constam os compromissos assumidos pela Ordem e pelas faculdades, considerados fundamentais para a defesa da medicina dentária portuguesa e do interesse público da sociedade.
Foi também analisado o novo regime de proteção radiológica, em transposição da Diretiva 2013/59/Euratom, do Conselho, de 5 de dezembro de 2013, que fixa as normas de segurança de base relativas à proteção contra os perigos resultantes da exposição a radiações ionizantes. Seguiu-se uma troca de impressões no sentido das instituições de ensino superior procederem à identificação dos curricula do mestrado integrado em medicina dentária disponibilizados nas áreas da radiologia, imagiologia e física médica. Por fim, foi debatida a possibilidade de, no futuro, serem implementadas ações de formação contínua em radiologia.
Na agenda de trabalhos esteve ainda a preparação da edição 2020 de “Os Números da Ordem”, o estudo publicado anualmente pela OMD, que traça o perfil da profissão em Portugal.