A USF Monte da Caparica é a primeira de 13 unidades de saúde a receber um médico dentista e um assistente, contratados por concurso público, no âmbito do projeto-piloto de inclusão da medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Até ao final do mês começam as consultas de saúde oral nos restantes locais.

Os 13 médicos dentistas que agora integram o SNS foram contratados por concurso público, lançado pelo Ministério da Saúde em julho, pelo prazo de um ano, com 40 horas semanais e remuneração equivalente à carreira de Técnico Superior de Saúde. Recorde-se que o “Compromisso para a Sustentabilidade e o Desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde, 2016 – 2018”, que se encontra em fase de aprovação, após audição de todas as ordens da saúde, prevê a criação de carreira de Médico Dentista no SNS.

Primeiras consultas na USF Monte da Caparica

“Aqueles cerca de 250 doentes, que todos os dias irão começar a usufruir destes 13 novos médicos dentistas, que iniciam nestes 13 centros de saúde neste mês de setembro, o que eles querem é rapidamente ter os seus problemas de saúde oral resolvidos”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Segundo o responsável, até ao final deste mês, serão colocadas equipas compostas por médico dentista e assistente (já contratados) nos centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo (Arruda dos Vinhos, Mafra – Ericeira, Rio Maior, Lourinhã, Azambuja, Fátima, Moita, Salvaterra de Magos, Cartaxo e Arco Ribeirinho) e do Alentejo (Portel e Montemor-o-Novo) que integram o projeto.

Para o bastonário da OMD, “os utentes do SNS é que beneficiam com esta possibilidade de haver médicos dentistas de uma forma integrada com outros profissionais de saúde a exercer a profissão, particularmente para a população economicamente desfavorecida e portadora de várias doenças crónicas”. Orlando Monteiro da Silva acompanhou o primeiro dia de consultas na USF Monte da Caparica e realçou que “a presença de médicos dentistas, apesar de limitada e circunscrita a uma parte de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, prestigia a profissão e potencia a consciencialização e o aumento da procura de cuidados de saúde oral por parte da população”.

Para Filipa Silva Neto é o início de um novo projeto. Formada em Medicina Dentária, pelo ISCS Egas Moniz, em 2015, é a primeira médica dentista contratada no âmbito do projeto-piloto. Em declarações à comunicação social, explicou que nesta fase serão assistidos “pacientes que tenham patologias crónicas, a nível de diabetes, neoplasias, doenças respiratórias crónicas, doenças cardiovasculares”.

Em termos de custos para o utente, Fernando Araújo afirmou que “será apenas uma taxa moderadora normal”, uma vez que “a ideia base era seguramente que isso não fosse uma restrição ao acesso dos cuidados”, pois trata-se de “populações mais vulneráveis”.

Na visita de hoje estiveram presentes, além do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo e do bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, o Diretor-Geral da Saúde, Francisco George, o presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Rosa de Matos, o vice-presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Luís Pisco, o presidente do Conselho Geral da OMD, Paulo Ribeiro de Melo e representantes da Direção-Geral da Saúde e SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Abrir vídeo no YouTube | descarregar ficheiro vídeo

Abrir vídeo no YouTube | descarregar ficheiro vídeo