Para assinalar a efeméride, a DGS desenvolveu em colaboração com a OMD um cartaz que vai chegar a todas as bibliotecas escolares e tem o apoio do Plano Nacional de Leitura e do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. A Ordem dos Médicos Dentistas vai distribuir os cartazes pelos médicos dentistas, que poderão utilizá-los nas clínicas e consultórios para aconselhar os pacientes.

A campanha tem como principal destinatário as crianças, no sentido de sensibilizá-las para os riscos que alguns alimentos representam para a saúde oral e aqueles que ajudam a prevenir doenças orais. Com imagens divertidas e apelativas, o cartaz da campanha explica como o açúcar é um dos principais inimigos de uma boca saudável, contribuindo para a destruição do esmalte dos dentes.

Rui Manuel Calado, Chief Dental Officer da DGS, afirma que a “prevenção é o melhor remédio, e com esta campanha estamos a educar crianças que têm uma grande capacidade de influenciar os pais e outros familiares. É urgente mudar comportamentos e começar pela base. A ajuda dos profissionais de saúde e professores vai seguramente garantir-nos resultados no futuro. A saúde oral tem impacto em doenças como a diabetes e as cardiovasculares, que infelizmente são das mais comuns em Portugal. Tudo o que se fizer hoje para alterar comportamentos de risco proporcionará ganhos de saúde no futuro”.

A cárie dentária é a doença mais comum em todo o mundo, com 90% da população atingida. Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a redução da ingestão de açúcares, tanto em adultos como em crianças, para menos de 10% da ingestão calórica total, o equivalente a 50 gramas por dia.

Paulo Ribeiro de Melo, secretário-geral da OMD, salienta que “estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sugerem que as taxas mais altas de cárie dentária ocorrem quando o nível de ingestão de açúcares é superior a 10% da ingestão calórica total. Além disso, em estudos populacionais realizados em três países, foi observada uma menor ocorrência de cáries dentárias quando a ingestão de açúcares per capita era inferior a 10 kg/pessoa/ano (aproximadamente 5% da ingestão calórica total). É urgente tomar medidas para reduzir a ingestão de açúcar. Prevenir as doenças orais é também prevenir uma série de outras doenças com efeitos extremamente negativos, quer para a qualidade de vida, quer para a longevidade”.

Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) defende que “a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a prevenção de doenças crónicas podem e devem ser trabalhadas a par com a prevenção das doenças orais”.

 

Pode fazer o download do Cartaz da campanha (pdf) e do Documento Saúde Oral e Alimentação.

 

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