Desordens temporomandibulares nos adolescentes – revisão da literatura de 2002-2012

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Hall dos posters – 8 novembro, 17h30-19h00 – Ordem nº

Introdução e objetivos

As desordens temporomandibulares (DTMs) são um grupo heterogéneo de patologias psico-fisiológicas. O seu estudo é complexo, quer pelo aspecto taxonómico quer pela dificuldade em universalizar critérios de diagnóstico.

Recentemente tem surgido o interesse no estudo das DTMs em adolescentes para diagnosticar precocemente sinais e sintomas e prevenir disfunções mais severas. Este trabalho pretendeu rever a literatura sobre os aspectos epidemiológicos das DTMs em adolescentes, nos últimos 10 anos.

Métodos

Uma revisão sistemática foi conduzida na National Library of Medicine’s PubMed Database, para identificar artigos publicados, na língua inglesa, pelo cruzamento das palavras-chave “temporomandibular disorders” [MeSH] e “epidemiology” [Subheading], na população adolescente (13-18 anos), entre 2002-2012.

Através dos resumos foram seleccionados, por 2 dos autores, independentemente, os estudos epidemiológicos realizados apenas em adolescentes, em crianças e adolescentes ou em adolescentes e jovens adultos, nos quais se avaliou a prevalência e/ou sinais e sintomas das DTMs. No caso de estudos duplicados apenas um dos artigos foi seleccionado.

Resultados

Seleccionaram-se 21 artigos, divididos em 2 grupos: (1) estudos em amostras representativas da população (n=6); (2) estudos em amostras de conveniência (n=15). Os dados epidemiológicos das DTMs em adolescentes variam muito, sendo a prevalência de sintomas subjectivos de 4%-67,6% e dos sinais clínicos de 6,8%-77,5%. Os estudos que utilizam os Research Diagnostic Criteria for temporomandibular disorders, tendem a apresentar valores de prevalência mais baixos, assim como, os estudos com amostras representativas.

Conclusões

Tendo em conta a evidência da literatura é imperativo que estudos futuros para avaliação de DTMs nos adolescentes utilizem critérios de diagnóstico epidemiológico equivalentes. Dessa forma, os estudos realizados poderão ser comparados e será possível determinar os factores de risco mais importantes para as DTMs.

Implicações clínicas

A harmonização dos estudos epidemiológicos e a sua realização em adolescentes são importantes na determinação de medidas preventivas para as DTMs.