A cárie é a doença humana mais prevalente, e apesar da prevalência e gravidade terem sofrido redução, continua um problema de saúde pública, pelas barreiras de acesso aos cuidados de saúde e pelas desigualdades económicas, educacionais e sociais.
O tratamento passou de estático e curativo na fase avançada da doença, para precoce e intercetivo de um processo dinâmico de desmineralização-remineralização e clinicamente identificável se o desequilíbrio ecológico se estabelece com perda mineral. Eliminar e/ou modificar fatores predisponentes pré-cavitação previne ou atrasa os ciclos de restauração/retratamento tornando-se a dentisteria operatória um meio de controlo da doença, removendo retenções dos biofilmes cariogénicos e adjuvando a identificação de fatores de risco e um plano de tratamento baseado na avaliação do risco de cárie.
Quando não intercetada progride na dentina gerando infeção pulpar e necrose, mas a recuperação ocorre mesmo em lesões profundas. Tradicionalmente, preconizava-se a remoção não-eletiva; o tratamento minimamente invasivo defende a remoção seletiva, reduzindo-se o risco de exposição pulpar, pelo tratamento imediato indireto ou usando uma abordagem passo a passo.
A gestão da polpa cariosa exposta passa também pela evicção da pulpectomia e pelas técnicas vitais de tratamento. Usar materiais de substituição da polpa, resulta em maior previsibilidade, quer histológica quer clínica. Estudos de coorte e preliminares com baixo número de pacientes formam a maioria das provas, permanecendo sem resposta questões críticas relacionadas com a superioridade de uma técnica de remoção de cárie sobre outra, com o melhor biomaterial ou se a exposição pulpar é fator prognóstico negativo.
O objetivo principal desta formação é: Proporcionar uma compreensão mais profunda do ecossistema oral e a sua importância para o desenvolvimento de cárie dentária. A etiologia, progressão e diagnóstico da doença será discutida, bem como atividade/progressão e prevenção, e tratamento restaurador. Discutir a gestão cirúrgica micro-invasiva e as tecnologias de remoção seletiva de cárie.
No final desta formação o formando será capaz de: Reconhecer os diferentes fatores de risco de cárie dentária e a importância da personalização da gestão da lesão de cárie e do seu tratamento restaurador.
A inscrições neste curso encerram às 20h45 de 10 de janeiro.