A Disfunção Temporomandibular (DTM) é um termo coletivo que abrange um largo espetro de problemas clínicos da articulação e dos músculos na área orofacial. Estas disfunções são caracterizadas principalmente por dor, sons na articulação e função irregular ou limitada da mandíbula. A DTM é considerada um subgrupo distinto das desordens músculo-esqueléticas e reumatológicas e representa uma causa importante de dor não dentária.
A sua prevalência é claramente superior em mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. Isto tem sido atribuído a uma interação de vários fatores biológicos, hormonais, psicológicos e sociais.
Assim, seguindo a árvore de decisão do DC/TMD, chegamos ao diagnóstico de artralgia através de uma história de dor no sistema estomatognático, que é modificada pelo movimento mandibular e confirmada no exame clínico, não só através do movimento mas também da palpação.
Inúmeras abordagens terapêuticas cirúrgicas e não cirúrgicas têm sido apresentadas nos últimos anos. De entre estas, destaco as goteiras oclusais, a farmacoterapia, a fisioterapia e a artrocentese.
As infiltrações articulares têm-se revelado um método simples e eficaz na redução da dor e restauração da função em pacientes com artralgia da ATM.
As substâncias mais estudadas e utilizadas na minha prática clínica são os corticosteroides, o hialuronato de sódio, um polissacarídeo de alto peso molecular, usado quer para visco-suplementação quer como anti-inflamatório, e o plasma rico em plaquetas (PRP) com as suas proteínas e fatores de crescimento que, para além dos resultados, apresenta um elevado nível de segurança.
