A influência do edentulismo no declínio das capacidades cognitivas

Póster > Revisão > Medicina Dentária Preventiva

Hall dos Pósteres – 17 novembro, 17h30 às 19h00 – Ordem nº 85

Catarina Espinha

Universidade do Porto

Introdução

Na atualidade existe uma tendência para o envelhecimento populacional. Associados ao envelhecimento surgem frequentemente 2 consequências: a perda dentária e a perda das capacidades cognitivas.

Objetivos

Esta revisão tinha como objetivo verificar a existência de relação entre a perda dentária e a perda de capacidades cognitivas.

Métodos

Realizou-se uma revisão da literatura na Pubmed obtendo-se 51 artigos com menos de 10 anos, utilizando as palavras chave perda dentária; função cognitiva; pacientes edêntulos; cognitivo; demência; epidemiologia; teste MMSE.

Resultados

Existem 3 associações entre problemas da cavidade oral e perda de capacidades cognitivas 1º Inflamação local na cavidade oral é capaz de promover inflamação sistémica. 2º indivíduos desdentados enfrentam limitações alimentares podendo sofrer défices nutricionais. 3º indivíduos com perda dentária apresentam um maior risco de desenvolver doenças com fisiopatologia comum à das demências.

Conclusões

Há diversas causas de perda de capacidades cognitivas, entre as quais está a perda dentária. Para evitar ou atrasar a progressão da patologia é essencial preservar os dentes naturais e manter uma boa higiene oral, ou no caso de já haver perda dentária reabilitar o paciente. A perda dentária contribui para o declínio cognitivo, mas também a perda de capacidades cognitivas contribui para uma pior condição oral e perda dentária.

Implicações clínicas

Destaca-se a importância da medicina dentária preventiva, conservadora e reabilitadora e aquisição desde cedo de bons hábitos de higiene oral. Realçando o seu papel como essenciais para evitar ou retardar o surgimento de perda de capacidades cognitivas com causa dentária.