Póster > Revisão > Implantologia
Nuno Sampaio
Instituto Universitário de Ciências da Saúde
Introdução
Bränemark e colaboradores descreveram o processo de osteointegração há mais de 45 anos. Esses trabalhos deram início a uma nova era na investigação de diferentes materiais e desenhos dos implantes dentários, até que na última década o foco da pesquisa biomédica mudou da geometria do implante para o potencial osteoindutivo da sua superfície.
Objetivos
Recolher evidência científica recente sobre as vantagens das mais recentes modificações das superfície dos implantes e os seus efeitos na osteointegração.
Métodos
Realizou-se uma pesquisa da literatura na base de dados PUBMED com as palavras-chave “implant surface”, “dental implant”, “osseointegration”, “histomorphometry”, “surface treatment” e “dental implant surface treatment”, com OR e AND, limitada aos últimos 5 anos. Foram aceites meta-análises, ensaios clínicos controlados randomizados, estudos multicentricos, revisões e revisões sistemáticas.
Resultados
Modificações da superfície de implantes dentários parecem promover a formação óssea, resultando numa osteointegração acelerada.
Conclusões
Alguns estudos pré-clínicos evidenciam vantagens de algumas modificações específicas das superfícies, no que respeita ás propriedades histomorfométricas e padrões biomecânicos. No entanto, estudos em humanos que traduzam estes dados em performances clínicas superiores são escassos. O foco central do desenvolvimento das superfícies dos implantes passa por minimizar a adesão bacteriana e, simultaneamente promover o recrutamento e a proliferação de células osteogénicas.
Implicações clínicas
Grandes avanços foram feitos no desenvolvimento de novas superfícies dos implantes dentários. Estas inovações permitem a reabilitação de pacientes com elevada taxa de sucesso, mesmo em condições menos favoráveis.