Efeitos periodontais no segundo molar após extração de terceiros molares: revisão narrativa

Póster > Revisão > Cirurgia oral

Hall dos Pósteres – 17 novembro, 17h30 às 19h00 – Ordem nº 80

Maria Grego Esteves

Universidade de Lisboa

Dr. Gonçalo Assis
Prof. Dr. João Caramês

Introdução

A exodontia de terceiros molares (3M) é comum em cirurgia oral, possibilitando o desenvolvimento de defeitos periodontais a distal do segundo molar (2M).

Objetivo

Averiguar o risco de manter ou desenvolver defeitos periodontais a distal do 2M após a extração de 3M e as intervenções que podem minimizar estes defeitos.

Métodos

Pesquisa na PubMed por artigos publicados entre 2007 e 2017, utilizando as palavras-chave: “third AND second AND molar AND extraction AND periodontal”. Selecionaram-se 17 artigos de acordo com a especificidade do tema.

Resultados

Os artigos não são consensuais quanto à existência de defeitos periodontais a distal do 2M após a extração de 3M em pacientes que não apresentem fatores de risco. Os fatores de risco incluem: idade superior a 26 anos, defeitos periodontais prévios, posição do 3M, pericoronarite, contato entre 3M e 2M e reabsorção radicular no 2M. Verificou-se menor profundidade de sondagem no 2M quando a extração do 3M é seguida por técnicas regenerativas ou alisamento radicular. Os artigos sugerem que a sutura ancorada ao 2M e o retalho triangular permitem uma melhor cicatrização periodontal.

Conclusão

Os defeitos periodontais ocorrem sobretudo em pacientes com fatores de risco, nos quais podem ser benéficas técnicas regenerativas e alisamento radicular. Não é possível concluir quais as intervenções cirúrgicas que melhor previnem o aparecimento de defeitos periodontais no 2M.

Implicações clínicas

Na presença de fatores de risco deve-se considerar, no futuro, a utilização de intervenções regenerativas e alisamento radicular.

Palavras-chave: exodontia; defeitos periodontais; terceiro molar; segundo molar; cicatrização; regeneração.