Póster > Revisão > Cirurgia oral
Maria Grego Esteves
Universidade de Lisboa
Introdução
A exodontia de terceiros molares (3M) é comum em cirurgia oral, possibilitando o desenvolvimento de defeitos periodontais a distal do segundo molar (2M).
Objetivo
Averiguar o risco de manter ou desenvolver defeitos periodontais a distal do 2M após a extração de 3M e as intervenções que podem minimizar estes defeitos.
Métodos
Pesquisa na PubMed por artigos publicados entre 2007 e 2017, utilizando as palavras-chave: “third AND second AND molar AND extraction AND periodontal”. Selecionaram-se 17 artigos de acordo com a especificidade do tema.
Resultados
Os artigos não são consensuais quanto à existência de defeitos periodontais a distal do 2M após a extração de 3M em pacientes que não apresentem fatores de risco. Os fatores de risco incluem: idade superior a 26 anos, defeitos periodontais prévios, posição do 3M, pericoronarite, contato entre 3M e 2M e reabsorção radicular no 2M. Verificou-se menor profundidade de sondagem no 2M quando a extração do 3M é seguida por técnicas regenerativas ou alisamento radicular. Os artigos sugerem que a sutura ancorada ao 2M e o retalho triangular permitem uma melhor cicatrização periodontal.
Conclusão
Os defeitos periodontais ocorrem sobretudo em pacientes com fatores de risco, nos quais podem ser benéficas técnicas regenerativas e alisamento radicular. Não é possível concluir quais as intervenções cirúrgicas que melhor previnem o aparecimento de defeitos periodontais no 2M.
Implicações clínicas
Na presença de fatores de risco deve-se considerar, no futuro, a utilização de intervenções regenerativas e alisamento radicular.
Palavras-chave: exodontia; defeitos periodontais; terceiro molar; segundo molar; cicatrização; regeneração.