Sedação endovenosa vs intranasal com midazolam em odontopediatria – casos clínicos

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Hall dos Pósteres – 17 novembro, 14h30 às 16h00 – Ordem nº 64

Catarina Oliveira

Universidade Católica Portuguesa

Liliana Silva
Mariana Seabra
Andreia Figueiredo

Palavras-chave: Odontopediatria, sedação, sedação endovenosa, sedação intranasal, controlo comportamental, midazolam.

Caso clínico

A: Paciente do género feminino, 8 anos, saudável, não colaborante. O motivo da consulta foi tratamento de cáries, sem sintomatologia. Ao exame clínico diagnosticaram-se cáries extensas nos dentes 26 e 46, com envolvimento pulpar e destruição das coroas. O plano de tratamento foi extração dos dentes 16, 55, 53, 63, 65, 26, 36, 46 sob sedação profunda, recorrendo à combinação de midazolam, cetamina e propofol.

B: Paciente do género feminino, 9 anos, saudável, não colaborante por excesso de ansiedade. Radiograficamente foram diagnosticados gérmenes dos dentes 13 e 23 em posição não favorável para a erupção. O plano de tratamento foi extração dos dentes 53 e 63, sob sedação intranasal, com midazolam diluído.

Discussão

Em pacientes com dificuldade em colaborar devemos esgotar todas as técnicas de controlo de comportamento não-farmacológicas e, apenas no caso de estas não resultarem, recorrer a técnicas farmacológicas. Em procedimentos simples e pouco extensos a sedação intranasal afigura-se uma boa solução, dado que a absorção e biodisponibilidade dos fármacos administrados por via nasal estão próximas daquelas conseguidas por administração endovenosa. O procedimento é mais simples, não sendo necessário o acesso venoso. No entanto, em pacientes que necessitem de tratamentos mais invasivos ou extensos deve recorrer-se à sedação endovenosa.

Conclusão

É necessário adaptar a técnica de sedação eleita a cada paciente. A sedação intranasal apresenta-se como uma técnica mais simples e mais confortável para o paciente, em casos de ansiedade exagerada, tecnicamente fáceis e não demorados.