Cisto dermóide no assoalho da boca de recém-nascido: relato de caso

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Hall dos Pósteres – 17 novembro, 09h00 às 10h30 – Ordem nº 45

Lidiane Duarte Varela

Ednilson Jorge Rocha Delgado
Raquel Nadine Cabral Vieira

Descrição do caso

Paciente do sexo feminino, com 4 meses de idade, foi encaminhada pelo pediatra à Clínica Dentária Sodente, para avaliação de uma massa sublingual, percebida à nascença. A mãe relatou, como queixa principal, uma “bola” por baixo da língua e que a criança “babava” e mexia muito a língua. No exame intra oral, foi observado uma massa circunscrita, macia de coloração branco amarelada na região sublingual direita, com aproximadamente 0.5cm de diâmetro, indolor à palpação . O diagnóstico inicial, provisório, foi de sialolitíase ou cisto dermóide. Após a exérese da lesão o espécime anatómico foi encaminhado para o exame anátomo-patológico. Histologicamente, a peça demostrava um fragmento revestido por epitélio escamoso estratificado, no seio do estroma, documentava-se uma lesão cavitada, com material luminal correspondente à queratina, eliminando assim, a hipótese diagnóstica de sialolitíase e confirmando a de cisto dermóide. O tratamento definitivo foi cirúrgico, com enucleação total da lesão.

Discussão

O cisto dermoide é uma má formação cística, classificada como teratoma cístico benigno, de ocorrência rara em recém-nascidos e na região cabeça e pescoço (apenas 1,6% deste cisto, localizam-se no assoalho da boca). A escolha do acesso cirúrgico depende da sua localização, neste caso a abordagem escolhida foi intraoral.

Conclusão

Com o tratamento bem estabelecido na literatura, após a enucleação cirúrgica da lesão, a recidiva torna-se improvável, o que resulta num bom prognóstico.

Palavras-chave: Cisto dermóide, cisto, patologias orais, assoalho bucal, teratoma, cirurgia oral, neoplasias bucais.