Aumento de gengiva queratinizada no 5º Sextante: casos clínicos

Póster > Casos clínicos > Periodontologia

Sala e-Posters – 16 novembro, 15h20 – Ordem nº 21
Candidato a prémio

Catarina Martinho

Universidade de Lisboa

Ana Ribeiro Soares
Cátia Ferreira da Silva
João Miguel Gomes
Susana Noronha

Descrição Casos Clínicos

Caso 1 – Paciente do género feminino, 42 anos, saudável, com queixas de desconforto associadas à gengiva vestibular do dente 41. Após observação clínica, verificou-se a existência de uma recessão gengival classe III de Miller, com banda estreita de gengiva queratinizada (GQ) e freio labial com inserção alta.

Caso 2 – Paciente do género feminino, 62 anos, sem patologia sistémica relevante, com queixas de desconforto associadas à gengiva vestibular do dente 41. Após observação clínica, verificou-se a existência de uma recessão gengival classe II de Miller, com banda estreita de GQ e inflamação persistente.

Em ambos os casos, o tratamento proposto e realizado foi cirurgia mucogengival para aumento da banda de GQ, recorrendo a enxerto gengival livre (EGL) do palato.

Discussão

O papel desempenhado pela GQ na manutenção da saúde periodontal é controverso. Alguns autores defendem a existência de uma banda mínima, enquanto que outros autores sugerem que pode haver saúde periodontal mesmo em áreas onde a GQ está ausente, desde que exista um controlo adequado de placa bacteriana. No entanto, quando existe dificuldade em manter bons níveis de higiene oral, como nos casos apresentados, deve considerar-se a possibilidade de aumentar a banda de GQ, de forma a impedir a progressão da inflamação e a consequente contínua perda de inserção periodontal.

Conclusões

O EGL permitiu aumentar a banda de GQ e, consequentemente, melhorar a saúde periodontal, criando condições para a manutenção a longo-prazo. Desta forma, é possível concluir que, em ambos os casos, o tratamento cumpriu os objetivos propostos.