Tratamento em urgência de uma fratura corono-radicular

Póster > Casos clínicos > Dentisteria Operatória

Sala e-Posters – 16 novembro, 12h10 – Ordem nº 11
Candidato a prémio

Miguel Caldeira Pestana

Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

Gonçalo Nuno Reis
António de Sousa

Doente de 21 anos caucasiano, sexo masculino, sem antecedentes relevantes a nível de história clínica, compareceu em urgência à consulta de medicina dentária com fratura corono-radicular do dente 1.3 resultado de agressão, o dente em questão apresentava-se previamente hígido. O exame objetivo, corroborado pelo raio-x inicial permitiu verificar que a fratura tinha configuração justa gengival, o que limitou a realização de isolamento absoluto sem que primeiramente fosse realizado descolamento do mucoperiósteo.

Assim, pela configuração da fratura impedir a retenção do grampo no dente 1.3, realizou-se descolamento do mucoperiósteo a distal do 1.1 e a mesial do 1.4 de modo a reter o grampo diretamente no osso.

Após proteção pulpar direta com hidróxido de cálcio e colocação de ionómero de vidro procedeu-se de imediato à colagem do fragmento com sistema adesivo e com compósito aquecido como se de uma faceta se tratasse, cimentando o fragmento em sandwich com fotopolimerizador de ponta dupla para que contração de polimerização fosse homogénea. Realizado com sucesso o teste de resistência, foi feito raio-x de controlo. O doente foi informado que este tipo de procedimento frequentemente necessita de ser complementado com tratamento endodôntico. Foram marcadas consultas de follow-up à primeira semana e posteriormente às quatro semanas.

Na consulta de follow-up às 4 semanas realizou-se um CBCT, que validou o procedimento clínico uma vez que não foram observadas zonas radiotransparentes entre a linha de fratura e o fragmento.