O uso de laser na excisão da Leucoplasia

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Sala e-Posters – 16 novembro, 11h40 – Ordem nº 8
Candidato a prémio

Rita Alves

Universidade de Lisboa

Gonçalo Assis
João Ferreira
João Caramês

Descrição do caso clínico

Doente do género feminino, leucodérmica, 62 anos, apresentou-se na consulta com lesão branca em placa, localizada no bordo lateral esquerdo da língua. Foi realizada biópsia incisional prévia cujo exame anatomopatológico revelou mucosa com queratose sem displasia. O diagnóstico foi leucoplasia sem displasia. A doente foi referenciada para excisão completa, tendo sido realizada com margens de segurança com recurso ao LASER de díodo (DenLaseⓇ) com 4W de potência, 400 micrómetros de fibra e pulso entre 50-200 microsegundos. A peça foi reenviada para análise, confirmando-se o diagnóstico. Realizaram-se controlos às 2 semanas e aos 3 meses.

Discussão

Cerca de 3,5% das leucoplasias maligniza, sendo a língua uma das localizações de maior risco. Assim, a excisão total da lesão está indicada.

O LASER apresenta benefícios na visualização do campo operatório, na redução da necessidade anestésica, de ocorrência de hemorragia e da sintomatologia pós-operatória, comparativamente à cirurgia convencional. O LASER de díodo promove coagulação durante o procedimento levando à aceleração da cicatrização. Em lesões extensas, a não exigência de sutura após a excisão pode ser uma vantagem face à incapacidade de aproximação de margens distantes que poderia causar uma alteração à anatomia da zona intervencionada. A possibilidade de excisão sem vaporização possibilita o envio para análise histopatológica.

Conclusões

O LASER representa uma opção segura e clinicamente satisfatória na excisão de lesões orais selecionadas, em alternativa aos métodos cirúrgicos convencionais. Contudo, deve-se realizar o controlo periódico em lesões que apresentam uma natureza potencialmente maligna.

Palavras-chave: Laser, Cirurgia Oral, Biópsia, Excisão, Leucoplasia.