Abordagem cirúrgica de um quisto nasopalatino: caso clínico

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Sala e-Posters – 16 novembro, 11h30 – Ordem nº 7
Candidato a prémio

João Almeida e Sousa

Universidade do Porto

Ana Lemos Costa

Descrição do caso clínico

Doente do sexo masculino, 35 anos, saudável, veio à consulta por indicação do médico dentista que o seguia, por ter detetado uma lesão radiolúcida no maxilar a nível anterior. Após exame clínico e registo fotográfico intraoral, foram feitos testes de vitalidade aos dentes 11 e 23, os quais se apresentaram vitais. Os dentes 21 e 22 haviam sido já sido endodonciados por suspeita de lesão apical crónica, por parte do colega. Diagnosticou-se como sendo um quisto nasopalatino. Agendou-se cirurgia para ablação da lesão. Fez-se o descolamento do retalho e de imediato perfurou-se o quisto que já havia absorvido a tábua vestibular, tendo sido feita enucleação e curetagem da mesma. Optou-se por manter a integridade dos dentes, bem como a vitalidade dos restantes dentes envolvidos. Não foi feito qualquer preenchimento da loca com material exógeno.

Discussão

A abordagem cirúrgica foi a mais conservadora, tendo em conta a preservação das estruturas anatómicas, nomeadamente dentes, osso. As margens gengivais foram igualmente preservadas tendo em conta a técnica utilizada. O impacto pós-operatório foi, assim, minimizado. Radiograficamente a lesão apresenta uma típica forma em coração, bem circunscrita. A enucleação cirúrgica, apesar das dificuldades da total remoção da lesão, apresenta-se como o método preferencial de tratamento.

Conclusão

Os quistos nasopalatinos são os quistos não odontogénicos mais comuns da cavidade oral. Geralmente surgem entre a quarta e a sexta décadas de vida, mas podem aparecer em qualquer idade. A enucleação cirúrgica foi a opção de tratamento mais indicada.