Comunicação oral > Investigação > Cirurgia oral
Joana Saraiva Amaral
Universidade de Coimbra
Introdução
A extração de terceiros molares mandibulares inclusos é uma das cirurgias mais frequentes com que o médico dentista se depara na prática clínica. Minimizar o pós-operatório é o objetivo maior do cirurgião. A cirurgia ultra-sónica surge como uma técnica alternativa à osteotomia rotatória convencional.
Objetivos
Comparar, através de um ensaio controlado randomizado os sinais e sintomas pós operatórios da extração de terceiros molares mandibulares inclusos utilizando duas técnicas cirúrgicas.
Material e métodos
30 pacientes divididos equitativa e aleatoriamente em dois grupos: grupo teste – técnica ultra-sónica; grupo controlo – técnica rotatória convencional. Todas as cirurgias foram cronometradas. Os parâmetros edema, trismos e parestesia foram avaliados no dia da cirurgia e ao 3º,5º e 7º dia pós-cirúrgico. A hemorragia operatória teve uma avaliação concomitante à cirurgia. A dor pós-operatória foi avaliada diariamente através de uma VAS e do número de analgésicos ingeridos.
Resultados
A dor, o edema e o trismos apresentaram resultados tendencialmente mais vantajosos na técnica ultra-sónica. A hemorragia operatória foi significativamente inferior na cirurgia ultra-sónica. O tempo operatório foi significativamente superior nas extrações que envolveram osteotomia e odontosseção. A técnica ultra-sónica apresentou tempos operatórios superiores.
Discussão
O ensaio clínico revelou resultados concordantes com os descritos na literatura.
Conclusões
Apesar do maior tempo operatório e dos elevados custos do equipamento, as vantagens da técnica ultra-sónica, tornam a sua aplicabilidade clínica benéfica.
Implicações clínicas
A cirurgia ultra-sónica é a técnica de eleição nos casos onde a manutenção da integridade das estruturas anatómicas nobres é o principal fator de risco.